BOLSONARO ACENA EDITAR DECRETO CONTRA LOCKDOWN: “SE EU BAIXAR VAI SER CUMPRIDO”

O presidente Jair Bolsonaro acenou nesta quarta-feira (05), durante discurso, editar um decreto, contra as medidas de lockdown adotadas por governadores e prefeitos,  na tentativa de conter a disseminação do novo coronavírus. A declaração ocorreu durante a abertura oficial da Semana das Comunicações, no Palácio do Planalto. O Mandatário da Nação relatou, ainda que, “espera não ter que cumprir a medida, mas que, caso ocorra, nenhum tribunal poderá contestá-lo”.

Nas ruas, já se começa a pedir, por parte do governo, que ele baixe um decreto e, se eu baixar um decreto vai ser cumprido. Não será contestado por nenhum tribunal, porque ele será cumprido. E o que constaria no corpo desse decreto? Constariam os incisos do artigo 5º da nossa Constituição. O Congresso ao qual eu integrei, tenho certeza que estará ao nosso lado”.

“O povo ao qual nós, Executivo e parlamentares, devemos lealdade absoluta, obviamente, estará ao nosso lado. Quem poderá contestar o artigo 5º da Constituição? O que está em jogo e, alguns ainda ousam por decretos subalternos nos oprimir. O que nós queremos do artigo 5º de mais importante? Queremos a liberdade de curso. Queremos a liberdade para poder trabalhar. Queremos o nosso direito de ir e vir”.

Ninguém pode contestar isso. E se esse decreto eu baixar, repito, será cumprido juntamente com o nosso Parlamento, juntamente com todo o poder de força que nós temos em cada um dos nossos 23 ministros”, ressaltou. O chefe do Executivo emendou dizendo que o Brasil não irá regredir e caracterizou como “excrecência” a decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, de conceder poderes a prefeitos e governadores sobre medidas restritivas nos estados.

“Peço a Deus que não tenha que baixar o decreto. Seria até a figura do pleonasmo abusivo: “O leite é branco, o café é preto, o açúcar é doce”. E esse decreto, o artigo 5º da Constituição, meus amigos parlamentares que aqui estão, nem vocês podem mudar por emenda à Constituição. Somente uma nova assembleia nacional constituinte”.

De onde nasceu isso, de onde nasceu essa excrecência para dar poderes a governadores e prefeitos e, nos prender dentro de casa? Nos condenar à miséria, roubar milhões de empregos. Levar famílias ao desespero por não poder trabalhar, por não poder se locomover” disse.

Bolsonaro continuou as críticas ao fechamento de comércios e toque de recolher. “Alguns até, quando procuram se confortar, são proibidos de ir a uma igreja ou a um templo. Pastores e padres passaram a ser vilões no Brasil. Estamos assistindo a cenas de pessoas serem presas em praça pública, mulheres sendo algemadas e ninguém fala nada – a nossa imprensa.

Homens estão sendo proibidos de ir para praia. Que que é isso, onde nós estamos? Cadê a nossa liberdade?”. “Peço a Deus que não tenha que baixar o decreto, mas se baixar, ele será cumprido e não ouse contestar”, concluiu.

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