BOLSONARO TROCA PRESIDENTE DA PETROBRAS E ANUNCIA CAIO PAES DE ANDRADE PARA O CARGO

Governo Federal decidiu promover mais uma troca na presidência da Petrobras e anunciou na noite desta segunda-feira (23) a demissão de José Mauro Coelho do cargo. Ele havia sido nomeado em abril e ficou pouco mais de um mês a frente da estatal.

Em seu lugar assume Caio Paes de Andrade, nome de confiança do ministro Paulo Guedes e que atuava no Ministério da Economia. Ele será o quarto executivo a comandar a estatal nos menos de quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, que, incomodado com o impacto dos preços dos combustíveis em sua popularidade, troca o comando da estatal pela terceira vez.

Coelho ficou apenas 40 dias no cargo. Desde a troca no comando do Ministério de Minas e Energia (MME), em 11 de maio, uma possível mudança na chefia da Petrobras passou a ser ventilada e encarada com naturalidade por integrantes da equipe econômica.

O nome de Caio Andrade já havia sido ventilado quando Bolsonaro decidiu demitir o general Joaquim Luna e Silva, em março. Inexperiente no setor, seu nome ganha impulso pelo trabalho feito na implementação da plataforma gov.br, considerada uma revolução digital. No Planalto, a nomeação de Caio foi atribuída a Paulo Guedes junto com Adolfo Sachsida, novo ministro de Minas e Energia.

A escolha de Andrade consolida a retomada da influência de Guedes sobre a Petrobras, que ele havia perdido no ano passado quando Bolsonaro resolveu demitir Roberto Castello Branco, indicado pelo ministro da Economia parra comandar a estatal no início do governo, em janeiro de 2019.

Guedes quer que a Petrobras adote intervalos mais longos, de cem dias ou mais, entre um reajuste e outro para amenizar o impacto dos reajustes recorrentes dos combustíveis nas bombas, seguindo a volatilidade atual da cotação internacional do petróleo, conforme informou a colunista de o Globo, Malu Gaspar.

Em 2021, Bolsonaro escolheu o general da reserva Joaquim Silva e Luna, então presidente de Itaipu, para substituir Castello Branco à revelia de Guedes.

Com a queda de Silva e Luna pelo mesmo motivo de Castello Branco – a manutenção da paridade dos preços dos combustíveis com a cotação internacional do petróleo – Coelho foi escolhido por Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia que foi demitido há duas semanas, deixando o presidente da Petrobras sem sustentação no cargo.

Foto: Alan Santos/PR

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