Governo federal reconheceu neste domingo (05) estado de calamidade pública em 336 municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas chuvas que atingem o Estado. Com a medida, é facilitada a transferência de recursos emergenciais.
Inicialmente, o Planalto havia publicado um decreto, em edição extra do Diário Oficial da União – DOU, com uma lista de 265 cidades que seriam contempladas pela medida. Mais tarde, um novo documento foi divulgado aumentando a quantidade de municípios e assinado pelo secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros. Informações são de o Poder 360.
Segundo a Defesa Civil do Estado, em último boletim publicado às 18h, 341 das 497 cidades gaúchas e mais de 800 mil pessoas foram afetadas pelos temporais registrados desde o domingo (28). O número de mortes subiu para 78 e há ainda 105 desaparecidos.
O governo do presidente Lula (PT) reconheceu estado de calamidade pública no Estado, depois de o governador Eduardo Leite (PSDB) decretar o status. O tucano tem pedido ajuda financeira para a União. Neste domingo (5.mai), solicitou a suspensão do pagamento da parcela mensal da dívida do Estado pelo período que durar a reconstrução dos danos causados pelas chuvas.
O pedido faz parte do planejamento para restaurar a infraestrutura e aquecer a economia local. A dívida do Estado com a União é de R$ 3,5 bilhões. Leite também solicitou excepcionalidade no envio de recursos ao Estado e disse que restrições fiscais atrapalham o trabalho estadual na região.
Governador falou ainda na necessidade de um “Plano Marshall” para o Estado ser reconstruído, em referência à ajuda oferecida pelos Estados Unidos para reconstrução dos países europeus afetados na 2ª Guerra Mundial (1939-1945).
MOBILIZAÇÃO NO RS
Lula voltou ao Rio Grande do Sul neste domingo para acompanhar os danos causados pela tragédia. Teve reunião com Leite e com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB).
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, e o vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Edson Fachin, também participaram, além de 13 outros ministros.
Foto: Poder 360