A defesa feita pelo presidente Jair Bolsonaro, de liberação da posse de arma em reunião ministerial realizada no mês de abril, foi alvo de discussão na última quinta-feira (28), durante reunião virtual, da Alepe. O debate suscitado pelo deputado Tony Gel (MDB), girou em torno do apoio de segmentos religiosos cristãos à medida.
Após o questionamento de Gel, a deputada Clarissa Tércio (PSC) manifestou-se favoravelmente à pauta, em pronunciamento no Grande Expediente.
Clarissa Tércio citou critérios que restringem a posse de armas (permissão para adquirir) e o porte (autorização para andar ou utilizar o armamento), ao se posicionar a favor da medida apresentada pelo presidente.
“Digo aos que defendem o desarmamento que abram mão dos seguranças e passeiem em lugares cheios de bandidos armados”, disse. “Quando o crente fala que a arma é a Bíblia, está tratando do mundo espiritual. Na hora do assalto, ninguém é tão ridículo a ponto de usar a Bíblia pra se defender.”
A parlamentar citou passagens do Velho e do Novo Testamento que abordam a questão. “Jesus, quando os comerciantes estavam no templo, chegou invocado e, não chegou nem com uma Bíblia nem com uma pombinha. Chegou com um azarrague, um chicote, que era como se fosse uma pistola, uma arma da época e saiu expulsando os comerciantes. Os pacificadores estão dispostos a ir à guerra pela paz”, disse. “A Bíblia me dá todo embasamento para que eu possa me defender”, afirmou Clarissa Tércio.