CMR HOMENAGEIA EM PLENÁRIO, OS 45 ANOS DO BALÉ POPULAR DO RECIFE

Câmara Municipal comemorou nesta quinta-feira (11) os 45 anos de uma história de resistência cultural e respeito às tradições artísticas regionais. Fundado em maio de 1977 e hoje patrimônio imaterial da capital, o Balé Popular do Recife recebeu a homenagem no plenário da Casa de José Mariano, por iniciativa da vereadora Ana Lúcia (Republicanos). O vereador Fabiano Ferraz (Avante) presidiu a reunião solene.

Ana Lúcia falou sobre necessidade de apoiar iniciativas de cultura local, como o Balé Popular do Recife. “Esse grupo, que ao longo de tantos anos documenta, divulga, preserva e ensina a dança popular nordestina para a nossa população, precisa ser valorizado, e deve ter a importância do seu trabalho reconhecido, pois ele quase sempre foi realizado com muito esforço”.

Autora da Lei Nº 18.470/2018, que tornou o Balé Popular patrimônio imaterial do Recife, a Parlamentar não deixou de falar sobre as dificuldades que o grupo enfrentou.

“O Balé Popular do Recife traz uma história de muita resistência. No nosso primeiro mandato, tomamos conhecimento sobre o Balé tinha chegado aos seus 40 anos, cinco anos atrás”, disse.

“Não conseguia pagar o seu aluguel e vivia dias terríveis. O seu arsenal de vestimentas estava em um local que chovia. Quando precisava fazer uma apresentação, tinha que ir aos órgãos públicos para tentar uma pauta. Ali, iniciamos uma jornada e, dessa caminhada, surgiu um projeto que tornou o Balé Popular do Recife patrimônio imaterial”.

No plenário, foi exibido um vídeo sobre o Balé Popular do Recife com um depoimento do seu fundador, André Madureira. Em seguida, a vereadora Ana Lúcia entregou uma placa comemorativa e um buquê de girassóis à representante do coletivo, Ângela Madureira.

Também fundadora do balé, ela é uma das responsáveis pela manutenção do grupo e por isso foi escolhida para fazer suas colocações, em nome de todos os homenageados.

A dirigente do Balé Popular defendeu a volta de um evento denominado“Feira Popular”, quando o grupo tem oportunidade de exibir suas danças, os adereços e roupas do balé. Ela afirmou também que a sede na Rua do Bom Jesus, 143, Bairro do Recife vem funcionando satisfatoriamente, “e tem ajudado a divulgar nossa cidade e nossa cultura”.

A sede, conquistada por iniciativa da vereadora Ana Lúcia, foi aberta com uma inauguração em que se fizeram presentes somente os componentes do grupo.

“Nós precisamos também fazer a reinauguração da sede do balé, com presença de autoridades, para nos fortalecer e nos dar mais segurança”. Ela lembrou que balé “está vivo inclusive porque a classe artística se reuniu e nos ajudou a reabrir a antiga sede, na Rua do Sossego, quando houve o incêndio”.

A vereadora Ana Lúcia, disse Ângela Madureira, “é uma espécie de madrinha do balé, que conseguiu um novo espaço para a nossa sede. Ela apareceu para a gente como um milagre”.

“Não estamos aqui homenageando um balé popular. Mas, sim, o Balé Popular do Recife. “A importância desse grupo já vem pelo próprio nome. Vocês dão orgulho ao Recife, nas viagens internacionais, nas apresentações nas escolas”. Ele lembrou de apresentações antigas, dentro do Movimento Armorial, disse o secretário executivo de Articulação da Secretaria de Cultura do Recife, Gilberto Sobral.

APRESENTAÇÃO

Durante a celebração, o Balé Popular fez uma apresentação intitulada: “Nordeste a Dança do Brasil; Sequência de Frevo”. Para finalizar, o presidente da solenidade, vereador Fabiano Ferraz (Avante) apresentou suas considerações. “Esta solenidade é muito importante para o cenário cultural de nossa cidade. Os bailarinos levam a cultura pernambucana e nordestina para todo o mundo”.

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