O número de testes de coronavíruscontabilizados pelo Ministério da Saúde era de 151.463 até o dia 23 de abril. Já o volume deexames informado pelos estados, para o mesmo período era de 178.345, segundo levantamento. Independentemente da fonte considerada, o Brasil tem uma taxa de testagem hoje de 29 a 13 vezes menor do que a da Alemanha, Itália, Estados Unidos e Coréia do Sul – países que vêm investindo na ampliação dos exames para monitoramento ou controle da pandemia da Covid-19.
Os dados federais e estaduais indicam que o Brasil fez até agora entre 72 e 85 testes por 100 mil habitantes. Na Alemanha, essa taxa é de 2.497; na Itália, ela chega a 1.966; nos EUA, o índice é de 1.580; e na Coreia, de 1.141, segundo dados governamentais e do site Worldometers.
A escassez de testes e a falta de controle dos governos sobre o número de testados seguem sendo um problema mesmo após diversas declarações do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, indicando que daria prioridade ao tema. Logo em seu primeiro discurso, ele ressaltou a importância da ampliação dos exames. “Para conhecer a doença, a gente vai ter de fazer um programa de testes. Esse programa vai ter que envolver o SUS, a saúde suplementar, a iniciativa do empresariado”, disse no último dia 16.