MONTANHAS DA JAQUEIRA – Corredores humanitários são desumanos por natureza. Apenas são menos trágicos que os palcos das guerras. Humanismo seria a garantia de permanecer em suas casas, livres dos bombardeios mortíferos.
Esta é uma condição inviabilizada na Faixa de Gaza pelos terroristas do Hamas.
Durante séculos e séculos a natureza decretou a seca no seminário nordestino. As estradas e os caminhões pau-de-arara eram considerados corredores humanitários para os flagelados fugirem da seca.
A guerra das nuvens contra o solo do semiárido mudou a geopolítica, a cultura e os costumes do Nordeste e do “Brazil”. O reinado soberano Luís Gonzaga floresceu sob o signo do mandacaru, a luta pela sobrevivência do sertanejo e o símbolo de esperança da asa branca.
O gênio Cândido Portinari pintou o quadro “Os retirantes” com as lágrimas dos sertanejos. A tecnologia, as obras hídricas estruturadoras, as barragens e adutoras, a irrigação e a transposição de bacias mitigaram o fenômeno das secas no Nordeste.
As explosões de bombas e mísseis chamam a atenção para a tragédia humanitária dos refugiados de guerras. Os números e as cifras são de dezenas de milhões, na Ucrânia, na Palestina, na Síria, na Venezuela, nas sucursais e nas franquias do inferno. O continente africano é o maior exportador de refugiados por conta das epidemias de corrupção e de doenças, guerrilhas de ditadores e tiranos tribais.
Criado sob inspiração do Tribunal de Nuremberg, o atual Tribunal Penal Internacional, ou Tribunal de Haia, revela-se impotente para punir crimes contra a humanidade. Exemplo representativo é o genocídio de Camboja, perpetrado pelos comunistas do Kmer Vermelho, sob o comando do psicopata Pol Pot.
Em quatro anos, de 1975 a 1979, foram executados cerca de 2 milhões de cambojanos em nome da utopia socialista/comunista. Preso e destronado do poder, em 1982 o desgraçado retornou às trevas com 72 chifres de belzebu na cabeça. Este foi considerado um dos maiores genocídios desde a Segunda Guerra Mundial.
Em meio ao bombardeio da corrupção, brasileiros procuram abrigos e corredores humanitários para se defender desse flagelo. O vírus da corrupção contaminou geral, nas planícies e nos planaltos, as células dos fidalgos e dos plebeus. Prefeiturinhas sem recursos sequer para tratar o lixo em aterros sanitários promovem shows milionários com artistas safadões e usam a galera como escudos humanos para ficar impunes.
Os bandoleiros operam nos túneis subterrâneos da corrupção e usam milhões de brasileiros como escudos humanos.
Por: José Adalbertovsky Ribeiro – Periodista, escritor e quase poeta