COVID-19:PEQUENOS PRODUTORES DE COCO DE PETROLINA JÁ CONTABILIZAM O PREJUIZO

  Produtores de coco estão preocupados com os prejuízos causados pela queda na procura pelo fruto em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Em dezembro, o coco estava sendo vendido por R$ 1 a unidade. Desde os registros dos primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil, o preço caiu até chegar a R$ 0,30. 

  Com as medidas de prevenção e distanciamento social, a compra ficou ainda mais difícil. No verão, uma microempresa de Petrolina engarrafaria cerca de 800 litros de água de coco por dia. Desde o dia 18 de março, as máquinas estão sem funcionar.

Com a Covid-19, as vendas tiveram uma queda drástica. Quatro funcionários já foram afastados e estoque está cheio, são 2 mil e 500 litros do produto.

Com relação ao estoque que a gente tem hoje, só temos uma alternativa. Primeiro, fazer uma doação, se for possível até pela questão da logística, de como transportar e chegar até as pessoas que precisam ou descartar, porque a validade nossa é de 20 dias e a gente não vê alternativa a não ser essa”, diz o microempresário, Francisco Nunes.

Com o cancelamento de pedidos e a queda na procura, o preço do coco acabou despencando. O fim de verão é uma das épocas em que o fruto é mais consumido e mais pessoas pagam caro por ele. Mas, a pandemia de Covid-19 interrompeu os planos.

  O agrônomo Pedro Ximenes tem uma área de oito hectares e meio plantados e produz cerca de 35 mil cocos por mês. A colheita precisou ser interrompida, porque os dois compradores que ele tinha suspenderam os negócios. 

 A expectativa do pequeno produtor de coco é esperar. ”Não nos resta muito. Não tem o que fazer nesse momento. É esperar que essa pandemia passe rapidamente para que consigamos vender nossas produções”, diz.

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