Ao menos 10 ministros do primeiro escalão do governo de Lula (PT) fazem “bicos” em conselhos de empresas ou entidades paraestatais. Os valores extras mensais para cargos indicados pelo Executivo chegam perto de R$ 40 mil.
O levantamento foi feito pelo Poder360 com dados de transparência das companhias e entidades, considerando só os conselhos com algum tipo de remuneração. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi é o 1º lugar e único com participação remunerada em mais de um conselho.
No Conselho Fiscal do Sesc desde janeiro deste ano, ele recebe jetom de R$ 4.770 por reunião – há pelo menos uma por mês, embora tenha comparecido a apenas 4 desde que nomeou a si mesmo, para o conselho, em janeiro.
Lupi também faz parte do Conselho de Administração da Metalúrgica Tupy, desde agosto, onde passou a receber R$ 36.115. Somados à remuneração de ministro, que hoje é de R$ 41.650,92, o político passou a ganhar R$ 82.535,92 mensais.
Em 2º no ranking de maior salário por renda extra está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que foi indicada a um cargo no Conselho da Tupy em agosto. Somadas, as remunerações como ministra e membro do conselho totalizam R$ 77.765,92.
Na lista, aparecem também os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Camilo Santana (Educação), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Paulo Pimenta (Secom).
Só no Conselho de Administração de Itaipu Binacional, são 5 ministros indicados pelo governo Lula. Eles recebem mensalmente R$ 27.000 e precisam comparecer a apenas 6 reuniões ordinárias por ano – uma média de uma, a cada dois meses – e às reuniões extraordinárias, que podem ser convocadas a qualquer momento.
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