O Dia da Padroeira do Recife, celebrado nesta quinta-feira (16), está diferente este ano, por conta da pandemia do novo coronavírus. As preces e pedidos à Santa ganharam outro sentido. Buscam a cura de uma doença nova, devastadora. Do lado de fora, fieis com máscaras. Lá dentro, no máximo 120 pessoas são permitidas na igreja gigantesca, como medida de prevenção ao contágio do novo coronavírus. A fila na frente da Basílica de Nossa Senhora do Carmo cresce ao longo do dia na medida da fé das pessoas.
Cinco missas foram previstas para acontecer ao longo desta quinta-feira. Os frades carmelitas também planejaram mais quatro missas em outro espaço da igreja, mas com a chuva da manhã o plano não deu certo.
Segundo o frade Cristiano, que dava a bênção e ouvia fieis esta manhã, a devoção à santa começou com a Ordem Carmelita, no século 12, no Monte Carmelo, na Palestina.
“Durante a crise da ordem, Nossa Senhora aparece em sonho entregando um escapulário, que na verdade é essa veste que usamos. A ordem quase ia acabando e depois do sonho ela cresceu em toda a Europa. No Brasil, a fé em Nossa Senhora do Carmo começou em 1580, com a chegada dos primeiros carmelitas ao país, explicou o Frade. Na porta principal da basílica, a imagem da Santa este ano não pode ser tocada. “Assim como os fieis, nós sofremos também porque a festa está diferente”, comentou o religioso.