Após assembleia realizada na noite desta sexta-feira (01), chegou ao fim de forma definitiva a paralisação do Metrô do Recife. Em estado de greve desde 20 de abril e por tempo indeterminado há 25 dias, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco -Sindmetro-PE decidiu aceitar a proposta da Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU após meses de negociações sem sucesso.
A proposta da CBTU incluiu uma reorganização de 3,45% sobre o salário e benefícios para os metroviários, como Assistência Médica Odontológica, Auxílio-Refeição/Cesta Natalina e Auxílio Materno-Infantil e reajuste de 2,71% sobre os benefícios que estavam vedados pela Lei de Diretrizes Orçamentária em 2022.
“Infelizmente, a proposta da empresa não é aquilo que solicitamos, mas irei acatar a decisão de vocês, e juntos continuaremos a nossa luta”, afirmou o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares. Os metroviários exigiam o reajuste do piso salarial e cláusulas que garantam a estabilidade do emprego.
Além disso, o sindicato quer que o Governo Federal retire a CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND). Caso a privatização seja efetivada, os metroviários pedem pela realocação dos funcionários para outros órgãos públicos.
Na segunda-feira, 28 de agosto, o metrô já havia voltado a funcionar normalmente com 100% da frota após receberem a garantia do governo federal de recuperação do Metrorec e dos empregos, em caso de privatização. Segundo o Sindmetro-PE, a diligência do Senado e Câmara Federal, juntamente com uma comitiva de parlamentares pernambucanos, garantiu a recuperação do Metrô Recife.
Apesar do fim da greve, a categoria ainda persiste contra a privatização do trnsporte, buscando evitar o que ocorreu em Belo Horizonte em dezembro do ano passado, quando a privatização resultou em um aumento de 17,78% na tarifa, passando de R$ 4,50 para R$ 5,30 em menos de 7 meses.
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