Enfermeiros da rede municipal se reuniram na manhã desta sexta-feira (10), às 09h, na Praça do Derby, região central da cidade, para protestar contra a desvalorização dos profissionais e más condições de trabalho imposta pela Prefeitura do Recife. De acordo com a categoria, a manifestação teve como objetivo chamar a atenção da PCR, para o problema e cobrar melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
Eles trabalham na linha de frente no combate à Covid-19 e reclamam das dificuldades no trabalho, além da qualidade dos EPIs que são distribuídos pela prefeitura. “Falam que somos heróis, mas não nos valorizam com profissionais”, desabafou a presidente do Sindicato de Enfermeiros de Pernambuco, Luciana Outtes.
A capital de Pernambuco tem hoje, 22.298 casos confirmados de Covid-19 e 1.946 mortes. De acordo com a reportagem, Luciana disse que desde março que foi feito um acordo com a prefeitura para haver um reajuste na remuneração e na gratificação, porém a proposta da prefeitura ficou apenas na promessa. Essa queixa foi o principal ponto reivindicado no ato de hoje. Outro ponto apontado pela presidente do sindicato é o pagamento de 40% da insalubridade, um direito devido aos riscos de trabalho.
A precariedade de materiais de proteção individual foi um ponto levantado na manifestação. Segundo os enfermeiros, no caso das máscaras, equipamentos necessários principalmente durante a pandemia são de qualidade inferior, colocando em risco a segurança dos profissionais da saúde.
“Não existe qualidade nos EPIs distribuídos pela prefeitura. Entramos com um processo no Ministério Público do Trabalho solicitando um parecer, que foi dado, afirmando que as máscaras artesanais não protegem os profissionais o suficiente”, afirmou. As máscara fornecidas pela prefeitura até então, são feitas de TNT, quando deveriam ser máscaras N95 ou PFF2, materiais recomendados pela Anvisa. Fonte:JC