O doleiro Dario Messer disse em delação ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, no dia 24 de junho, que prestou serviços à Rede Globo durante a década de 90 e que, em várias ocasiões fez repasses de quantias em espécie de 50 mil dólares e 300 mil dólares à emissora.
No depoimento, ele detalhou que a entrega do montante era feita na própria sede da Globo, localizada no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro. As informações sobre o depoimento de Messer foram publicadas na revista Veja. As entregas do dinheiro eram efetuadas por um funcionário da equipe dele. O dinheiro era destinado ao grande chefe da Globo, na época, Roberto Marinho, por meio de um outro funcionário que recebia o dinheiro, identificado como José Aleixo.
Entretanto, o doleiro relatou que nunca se encontrou pessoalmente com a família Marinho. Em nota, lida pelo jornalista William Bonner no Jornal Nacional, a emissora negou que tivesse contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior.
“A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades”, diz trecho da nota.
O “DOLEIRO DOS DOLEIROS”
Dario Messer ficou conhecido por ser acusado de participar de esquemas criminosos liderados pelo ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, preso e condenado pela Lava Jato. Conhecido como “doleiro dos doleiros”, Messer contribuiu em delações para que fossem identificados outros nomes de autoridades envolvidas no esquema.