Durante o anúncio das diretrizes do plano de governo, nesta segunda-feira (13) o pré-candidato a governador de Pernambuco, Miguel Coelho (UB), afirmou que defenderá a privatização da Compesa.
Com valor da outorga estimado em R$ 8 bilhões, a nova empresa ficará responsável pelos serviços de distribuição de água e saneamento. Já a preservação dos mananciais, a captação e o tratamento da água permanecerão com o Estado.
O novo modelo de gestão, segundo Miguel, propiciará a melhoria do serviço, além da aceleração das obras de saneamento e de abastecimento em Pernambuco.
“Não tem outro caminho, nem meias palavras para poder defender o que a gente acredita. Vamos privatizar a Compesa. Alagoas, Rio de Janeiro, Ceará e o mundo já fizeram, mas Pernambuco ainda está no século 19, sem querer encarar a realidade”, disse Miguel.
Ele lembrou que parte dos serviços da Compesa já foi concedida ainda na época de Eduardo Campos para a iniciativa privada, o que prova a necessidade de mudança no modelo. Miguel acrescentou ainda que o órgão arrecada R$ 2 bilhões por ano, sendo necessário o aporte de mais R$ 350 milhões do Estado para cobrir custos administrativos.
Para o Pré-candidato, pelo ritmo atual de investimento, que soma R$ 400 milhões, Pernambuco não atingirá as metas de universalização previstas no Marco Legal do Saneamento para 2033. “Melhor que colocar afilhado político na Compesa é botar água na torneira das pessoas”, afirmou.
Miguel Coelho acrescentou que o valor de R$ 8 bilhões de outorga atende à uma estimativa conservadora, com base em estudo realizado pelo BNDES.
“O atual governo gastou R$ 40 milhões para fazer o estudo da privatização só que não teve a coragem de botar para frente. Esse valor de R$ 8 bilhões também foi baseado nos preços das últimas concessões, como Alagoas e Rio de Janeiro. A gente está sendo muito pé no chão, porque os ágios são muito maiores no mercado financeiro, o que demonstra apetite da iniciativa privada”, ressaltou.
Fotos: Jonas Santos