Ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União) voltou a questionar a estratégia tributária adotada pela governadora Raquel Lyra em Pernambuco. Desta vez, a fala do político foi contra o aumento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Estado.
Miguel retomou o debate nesta quarta-feira (27) e ironizaou a redução “abaixo do esperado” do IPVA. “Não adianta reduzir o IPVA e aumentar o ICMS. O IPVA (de um ano) representa cerca de 10% da arrecadação do ICMS.
“Isso é apenas um malabarismo tributário que tenta levar as pessoas a acreditarem que houve queda nos impostos. O Governo do Estado apertou ainda mais o consumidor sem trazer benefícios concretos para a economia dos pernambucanos, disse.
Para cada 1% que subir o ICMS, anula 10% de redução do IPVA, além do fato que a população de baixa renda será fortemente afetada com o aumento do ICMS, que se traduzirá em repasse ao preço dos produtos e a fuga das empresas do nosso estado”, ressaltou Miguel Coelho.
O embate ganhou mais peso após um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE), onde indica que o aumento do ICMS poderia resultar em uma queda de até 8,4% nas vendas dos setores de bens não duráveis, como: alimentos e bebidas, e semiduráveis, como vestuário e calçados.
Além disso, há um alerta para possíveis consequências, como demissões, redução de jornada de trabalho e até mesmo o fechamento de estabelecimentos comerciais. O aumento do ICMS também teria impacto direto no bolso dos consumidores, aumentando os preços de produtos alimentícios, conforme apontado pelo estudo da Fecomércio-PE.
“O pernambucano está cansado de imposto. Aumentar arrecadação não significa melhoria no serviço. O alerta da Fecomércio reforça o que nós, diversos deputados e outras lideranças vínhamos falando. É fundamental que seja revisto esse aumento do ICMS para não gerar prejuízos reais para uma economia que já está fragilizada em nosso Estado”, afirmou Miguel Coelho.
Foto – Divulgação/Assessoria