Pesquisa realizada pela Fundação Joaquim Nabuco – Fundaj utilizando como ferramenta dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged – aponta que o Nordeste perdeu mais de 190 mil empregos formais, de janeiro a abril. Pernambuco é o estado com o maior saldo negativo.
O estado com menos perdas foi o Maranhão, com 4 mil vagas fechadas. Segundo a análise da Fundaj, a perda de empregos tem relação direta com a pandemia do novo coronavírus, que começou em meados de março. O estudo também aponta que ainda há 883 municípios nordestinos com saldo positivo de emprego formal no ano, mas com mercados de trabalho menores do que os principais polos da região.
“Aqui em Pernambuco, até o fim de abril, 53 mil postos de trabalho formal foram fechados. Uma coisa interessante é que, em 62 pequenos municípios do interior, esse acumulado de emprego ainda é positivo – o que mostra para nós que os efeitos estão mais concentrados na Região Metropolitana e em grandes polos econômicos do Estado”, explicou Luis Henrique Romani, membro do Núcleo de Estudos em Estatísticas Sociais da Fundaj. – NEES/Fundaj.
Segundo Romani, alguns setores foram os mais prejudicados, com a pandemia e a consequente redução dos postos de trabalho. São eles: comércio, alojamento, alimentação e indústria de transformação. “Comércio e alojamento e alimentação tiveram essa perda principalmente por causa das medidas que fecharam os estabelecimentos. Isso fez com que muitos empresários optassem por demitir. Já a queda na indústria de transformação está ligada ao suprimento e à baixa na demanda de muitos produtos”, afirmou.