O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI) afirmou que o deputado federal André Fufuca (PP-PB) será punido se aceitar o possível convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para virar ministro do governo.
Oposição ao petista, Nogueira voltou a dizer que o partido não fará parte da base aliada “Se (Fufuca) assumir ministério, será afastado sumariamente da direção partidária. Qualquer parlamentar que for fazer parte desse governo, que nós não apoiamos, será afastado de decisões partidárias”.
“Enquanto eu for presidente do Progressistas, o Progressistas jamais irá compor a base do presidente Lula”, disse Ciro a jornalistas após evento de filiação do secretário estadual da Casa Civil, Arthur Lima, ao PP, em São Paulo.
A posição evidencia o racha na legenda sobre a adesão ao governo federal . Ao lado de Nogueira durante evento nesta quarta-feira (23) em São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a entrada do PP na base.
“O PP pode ter ministro, como pode PSD, União, PCdoB, PT. Mesmo voto que um presidente da República recebeu, um deputado recebeu. O governo que se elegeu não formou maioria, como ele vai governar? Não existe meio governo de coalizão, ou meio toma lá, dá cá. Ou é governo de coalizão, ou é composição, ou é toma lá, dá cá”, disse.
Nogueira defendeu, no entanto, a posição de Lira de articular a entrada do partido no governo. Para ele, o correligionário precisa se comportar como presidente da Câmara, e não como filiado ao PP.
“Arthur é presidente da Câmara, eu sou presidente do Progressistas. Respeito a posição dele. Ele não pode estar lá na Presidência da Câmara como presidente dos Progressistas. Arthur foi praticamente aclamado na Presidência da Câmara”.
“Defendo que ele tenha posição de independência, não de oposição, como eu”, ponderou. Ciro Nogueira criticou também o que chamou de troca de cargos por apoio e afirmou que esse tipo de negociação deu errado no passado.
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