O presidente Jair Bolsonaro não descarta a possibilidade de que o Governo Federal estender o pagamento do Auxílio Emergencial, para 2022. De acordo com o Chefe do Executivo, se a pandemia da Covid-19 não arrefecer, o benefício será estendido novamente, assim como aconteceu neste ano.
“Somente no ano passado, nós gastamos em torno de R$ 300 bilhões, com o Auxílio Emergencial. Isso equivale a mais de 10 anos de Bolsa Família. Neste ano, demos mais quatro meses de auxílio. A gente espera que, com o término da vacina, com a questão da pandemia sendo dissipada, não seja mais preciso isso”.
“No entanto, se porventura continuar, nós manteremos o Auxílio Emergencial”, disse o Presidente nesta sexta-feira (30), em entrevista à uam emissora de rádio, de São Paulo.
Bolsonaro destacou, contudo, que o governo vai intensificar o planejamento para turbinar o Bolsa Família. O plano é aumentar o valor médio do benefício de R$ 192 para R$ 300 e ampliar a quantidade de pessoas atendidas, para 17 milhões.
A economia está voltando agora. Em junho, houve a criação de mais 309 mil empregos. A economia formal está indo bem, mas a informal ainda não. Mas a questão do Auxílio Emergencial e do Bolsa Família – temos que, realmente, pensar nisso. Gastar dinheiro nisso ou se endividar – que é a palavra mais correta – para atender aos mais necessitados até que a economia volte a sua normalidade”, destacou.
SOBRE VACINAÇÃO
Na entrevista, Bolsonaro disse que o Brasil “está indo muito bem” na imunização contra o novo coronavírus. Ele ainda corroborou a estimativa do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que todos os brasileiros que quiserem ser vacinados estarão totalmente imunizados até novembro.
“Tirando os países que produzem as vacinas, o Brasil é o melhor de todos. A nossa programação foi bem feita e está sendo executada, e grande parte das empresas tem honrado esse contrato de entregá-las na época acertada”, observou.
Questionado sobre a possibilidade de uma nova campanha de vacinação contra a covid-19 ser necessária para o ano que vem, o presidente comentou que isso deve acontecer. “Não se tem certeza de qual é a validade da vacina. Em média, é um ano. Nós achamos que esse vírus não vai nos deixar”, reconheceu Bolsonaro.
Ele destacou que o governo trabalha para disponibilizar mais imunizantes à população, dentre eles a vacina que está em desenvolvimento pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a partir de dezembro.
“Assinamos também, um contrato de transferência de tecnologia com a AstraZeneca e, nas próximas semanas, além do IFA, nós poderemos fabricar a vacina da AstraZeneca, no Brasil. Isso diminui bastante o custo para nós, que é altíssimo”, completou.
Fonte: Correio Braziliense