Apesar dos pedidos da rede privada de ensino, o governo de Pernambuco enfatizou que ainda não há data prevista para o retorno das aulas. No Estado, as aulas estão oficialmente suspensas até este sábado (15). Em debate virtual promovido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco – Alepe, nesta quarta-feira (12), o secretário estadual de Educação e Esportes, Fred Amâncio, disse que não cabe à pasta que ele comanda decidir sobre o retorno. Segundo o secretário, a definição sobre a retomada das atividades presenciais depende de liberação das autoridades sanitárias do estado que fazem parte do Comitê de Enfrentamento à Covid-19.
Durante o debate, o Secretário destacou que não é possível pensar em uma retomada das aulas presenciais sem que as autoridades sanitárias permitam. “Ainda não temos uma data estabelecida. Quem toma essa decisão não é a Secretaria Estadual de Educação e Esportes. É o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 no estado, que avalia diariamente os dados. A educação é complexa e exige um olhar diferenciado. No momento, dependemos dos dados da pandemia”, afirmou.
O presidente do Sinepe-PE, José Ricardo Diniz, afirmou que o tratamento em relação às escolas está sendo diferente do oferecido aos outros setores econômicos do estado. “Conhecemos o nosso público pelo nome. É um público constante, diferentemente dos shoppings, feiras e supermercados. Defendemos a prontidão, ou seja, se cumpriu o protocolo, pode retornar. A volta seria gradativa e progressiva. Sejamos justos e tenhamos uma medida comum e que nenhum outro viés interfira nisso”, disse.
Representando os professores no debate, os presidentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco – Sintepe e do Sindicato dos Professores de Pernambuco – Sinpro-PE, Fernando Melo e Helmilton Bezerra, respectivamente, se posicionaram contra o retorno das atividades presenciais. “O que nos preocupa não é só o que acontece dentro das escolas, mas fora delas também. Muitos estudantes, professores e funcionários precisam usar o transporte público e pesquisas já mostraram que muitas contaminações acontecem nesse ambiente”, afirmou Fernando. “Um retorno às aulas agora é precipitado e pode aumentar a possibilidade de contágio”, completou Helmilton.