Rússia sai na frente e anuncia que já fez o registro da primeira vacina mundial contra a Covid-19. A boa notícia que deve repercutir intensamente no planeta foi feita na manhã desta terça-feira (11), pelo próprio presidente do país soviético, Vladimir Putin.
Na ocasião o líder russo afirmou que sua filha, inclusive, já havia tomado a primeira dose da imunização . “Esta manhã uma vacina contra o novo coronavírus foi registrada pela primeira vez no mundo”, disse o chefe do Kremlin em reunião com o Gabinete de Ministros. Apesar do anúncio, sabe-se pouco sobre a eficácia dessa vacina e ela vem sendo questionada por especialistas internacionais.
De acordo com o presidente Putin, no entanto, a vacina russa é “eficaz”, passou em todos os testes necessários e permite obter uma “imunidade estável” contra a Covid-19. As agências internacionais informam ainda que o Presidente Russo afirmou que uma de suas filhas já tomou a vacina. Suas filhas são Maria, de 35 anos, e Ekaterina, 34. As agências não souberam informar qual delas teria tomado a vacina.
Segundo o serviço da BBC, a primeira vacina do país contra o coronavírus foi desenvolvida por cientistas do Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia (Gamaleya) junto ao Ministério da Defesa.
Em meados de junho, o ministério informou sobre a conclusão “bem-sucedida” de testes em voluntários no Hospital Militar Burdenko, mas não publicou nenhum tipo de evidência científica.
Não foi informado, por exemplo, quantas pessoas foram submetidas a testes, detalhes sobre os voluntários, nem informações sobre quanto duraria a resposta imune ou o tipo de imunidade que a vacina oferece. Segundo indicou o Ministério da Saúde, após o registro e a produção, a vacinação deve começar em outubro de forma gratuita.
Inicialmente, de acordo com as autoridades sanitárias russas, serão vacinados grupos especiais da população: médicos, professores e aqueles que estão constantemente em contato com grandes grupos de pessoas. Na segunda-feira (10), em entrevista à Itar-Tass, o ministro da Indústria e Comércio, Denis Manturov, indicou que no próximo mês três empresas russas vão começar a produção comercial.