ENERGIA SOLAR CRIA 500 MIL EMPREGOS EM UM ANO E IMPULSIONA USO DE TECNOLOGIA NA GESTÃO DE EQUIPES

Mercado de energia solar se consolidou como um dos motores de geração de empregos e transformação econômica no Brasil. No último ano, a fonte fotovoltaica gerou cerca de 500 mil novos empregos considerados “verdes”; movimentou R$ 57,5 bilhões em investimentos e evitou a emissão de 27 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂), segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – Absolar.

Hoje, o sol já ilumina com força os números da matriz elétrica nacional: 22,2% da energia consumida no país vem de sistemas solares, ficando atrás apenas da geração hídrica (44,5%). Desde sua chegada oficial ao mercado brasileiro nos anos 90, o setor já gerou R$ 250,9 bilhões em investimentos, com 1,6 milhão de empregos e R$ 78 bilhões em tributos arrecadados.

Até final de 2025, a expectativa é que sistemas instalados em residências, comércios, propriedades rurais e prédios públicos alcancem 43 gigawatts (GW), enquanto as grandes usinas solares centralizadas chegem a 21,7 GW, totalizando 64,7 GW em todo o país.

Enquanto os números iluminam um horizonte promissor, a realidade em campo para atender essa crescente demanda ainda pede novas estratégias. A popularização da tecnologia trouxe um “boom” de instaladoras e integradoras e, com ele, um grande desafio no quesito gerenciamento.

Segundo Augusto Lyra, CEO da Everflow – empresa de tecnologia para instaladoras, o desafio do mercado passou a ser não apenas recrutar e treinar equipes qualificadas, mas principalmente coordenar múltiplos times em campo e garantir a rastreabilidade dos serviços prestados – da venda ao pós-instalação

De acordo com levantamento do Instituto Ideal, cada sistema fotovoltaico envolve, em média, três a cinco visitas técnicas, entre vistoria, instalação e manutenção, o que intensifica o volume de agendamentos e deslocamentos diários de um equipe de técnicos. É nesse ponto que a digitalização entra como aliada estratégica”, diz Lyra.

Soluções de Field Service Management (FSM), que são softwares voltados à gestão de equipes externas, tornaram-se ferramentas importantes para instaladoras que buscam eficiência e escalabilidade. Elas permitem organizar agendas, monitorar rotas em tempo real, centralizar protocolos de segurança e cumprir exigências regulatórias.

“O setor solar descentralizou a geração de energia e, com isso, aumentou a responsabilidade das instaladoras no pós-venda e na manutenção. Hoje, a organização do atendimento técnico é fator crítico de sucesso”, avaliou o CEO da Everflow. “Cada empresa tem seu fluxo particular, equipes próprias e terceirizadas, fornecedores diversos, diferentes modelos de financiamento. A plataforma foi desenhada para ser ajustável, sem exigir desenvolvimento sob encomenda”, completou Lyra.

Foto: Freepik

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *