ESPECIALISTA DA CLÍNICA SIM REFORÇA IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E VACINA CONTRA HPV

Este mês de outubro é dedicado à conscientização sobre o HPV (Papilomavírus Humano), vírus sexualmente transmissível relacionado a diversos tipos de câncer, especialmente o de colo do útero e que ainda enfrenta desinformação e resistência em parte da população.

A campanha reforça a importância da vacinação, do diagnóstico precoce e da realização de exames preventivos regulares, como o Papanicolau, fundamentais para reduzir a incidência da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil vem ampliando a cobertura vacinal contra o HPV após períodos de baixa adesão. Em 2024, a cobertura entre meninas de 9 a 14 anos ultrapassou 82%, enquanto entre meninos chegou a 67%.

Em Pernambuco, a cobertura atualmente é de 72% entre meninas e 59% entre meninos, com meta de atingir 90% até 2026. Para reforçar a campanha, o Ministério da Saúde enviou doses adicionais a Pernambuco e o Estado ampliou a vacinação. Até dezembro de 2025, além de crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, jovens de 15 a 19 anos podem receber a dose única em qualquer Unidade de Saúde da Família (USF).

Imunossuprimidos e vítimas de violência sexual seguem com o esquema de até três doses.  A ginecologista da Clínica SiM, Bianca Alcântara Varchavsky, ressalta que a prevenção é a forma mais eficaz de combater o HPV. “O diagnóstico precoce e a vacinação são as duas principais ferramentas contra o vírus. Quando aplicada antes da exposição, a vacina protege quase totalmente contra os tipos mais relacionados ao câncer”.

“Além disso, o exame Papanicolau é fundamental para identificar alterações nas células do colo do útero antes que se tornem graves. É essencial que os pais garantam a imunização dos filhos e que as mulheres mantenham os exames preventivos em dia”, destaca a médica. A vacina contra o HPV é segura, gratuita e está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Estudos comprovam a segurança e a eficácia do imunizante, utilizado há mais de uma década em diversos países com resultados expressivos na redução de casos de câncer de colo de útero e de verrugas genitais. Apesar disso, mitos e tabus ainda afastam parte das famílias. “Entre os equívocos mais comuns está o de que a vacina estimula o início precoce da vida sexual, ou de que o imunizante causa reações graves, quando, na realidade, os efeitos adversos são leves e temporários.

” Outro mito frequente é pensar que apenas meninas devem ser vacinadas, quando os meninos também estão expostos ao vírus e podem desenvolver câncer de pênis, ânus e orofaringe, além de transmitir a infecção”, explica a ginecologista.

PREVENÇÃO CONTÍNUA

Além da vacinação, o uso do preservativo segue sendo uma medida importante de proteção, embora não ofereça cobertura total contra o HPV, pois o vírus pode atingir áreas não protegidas. Já o exame Papanicolau, indicado a partir dos 25 anos ou conforme recomendação médica, é essencial para detectar alterações nas células do colo do útero e permitir o tratamento precoce.

Foto – Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *