O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, citou um bordão do fim do regime militar no Brasil para defender um processo de abertura “lento, gradual e seguro” das atividades após o pico da pandemia do coronavírus no país.
Para Mourão, é preciso que haja uma liberação paulatina das atividades não essenciais após o pico da doença. ” processo terá que ser lento, gradual e seguro. De modo que pouco a pouco as atividades vão retornado”, afirmou.
Mourão defendeu a continuidade da politica de isolamento para atravessar o pico da doença, segundo ele previsto para ocorrer até o dia 25 de abril, para achatar a curva de contágio de modo que o sistema de saúde dê conta da demanda.
“Ainda estamos naquele momento pré-pico. A avaliação é que temos que continuar com essa política do isolamento para atravessarmos esse mês de abril, e se espera que o pico da doença comece a ocorrer a partir do dia 20 ou 25 de abril, procurando o achatamento da curva”, afirmou. “De modo que nosso sistema de saúde e a chegada dos insumos sendo comprados permitam que a gente supere esse momento”, disse.
Após o período atual, de maior restrição de atividades em grande parte do país, ele acredita ser possível que segmentos como bares e restaurantes voltem a funcionar de forma restrita (por exemplo, com limitação do número de mesas) até que haja uma liberação total no futuro.
Ao mesmo tempo, disse, a indústria poderia fazer testagem em massa de empregados para o retorno das atividades com segurança a partir do momento que o país atravessar o pico da doença.
Mourão reconheceu que a velocidade de contágio no Brasil foi subestimada e chegou a dizer que a OMS (Organização Mundial da Saúde) demorou a classificar a situação como uma pandemia. “Nosso país, assim como a maioria dos outros países do mundo, julgou num primeiro momento que esse vírus não teria a velocidade de propagação que apresentou”, disse.