Processo sobre o Conjunto Residencial Muribeca que se arrasta na Justiça há mais de dez anos se encaminham para o desfecho final. Um acordo que beneficia 2.208 famílias que moravam nos 69 blocos do complexo habitacional firmado pelo Ministério Público Federal, Caixa Econômica e Município de Jaboatão dos Guararapes anunciado nesta segunda-feira (22), foi homologado pela Justiça de Pernambuco. As ações civis públicas e execuções provisórias relativas ao residencial foram extintas.
A proposta de acordo é fruto de uma audiência realizada no dia 11 de março e acatada pela maioria dos moradores. O caso é acompanhado pelo procurador da República Alfredo Falcão Jr. Há mais de 30 anos, parte do terreno pertencente à Caixa foi ocupada e, devido à decisão da Justiça de demolir o conjunto que havia sido desocupado, essas residências também seriam demolidas.
Cada bloco do Conjunto Residencial Muribeca contava com 32 apartamentos. Os prédios, construídos em 1982, eram do tipo caixão e apresentaram rachaduras após alguns anos. O conjunto era considerado um dos maiores da Região Metropolitana do Recife – RMR. Em 2006 os prédios começaram a ser desocupados. Na época, os moradores foram obrigados a sair de suas casas após recomendações da Defesa Civil. Todas as indenizações vão custar a Caixa a soma de R$ 300 milhões de reais.
Prefeitura do Jaboatão também interveio em favor dos moradores. A gestão municipal não recebeu verba, mas teve o terreno incorporado a prefeitura. Por conta disso, caberá a gestão a administração de um parque público, com escolas, área de lazer e posto policial na área onde era o conjunto. A