Ex-ministro Mendonça Filho afirmou, nesta quinta-feira (25), que o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, está se aproveitando da pandemia para maquiar os problemas financeiros da sua gestão, aumentando o endividamento da Prefeitura do Recife e inviabilizando a manutenção da cidade e os investimentos da próxima gestão.
“Se valer da contribuição previdenciária para pagar salário é mais uma manobra. Salário de servidor é obrigação que deve ser paga com receita corrente de tributos. O Prefeito está aumentando o endividamento do município ao empurrar o pagamento de R$ 112 milhões da previdência dos servidores para a próxima gestão”, criticou.
Com essa medida, o sucessor de Geraldo Júlio terá de honrar o pagamento previdenciário do exercício e assumir o débito passado de R$ 112 milhões que a atual gestão está deixando de recolher entre março e dezembro deste ano. O prefeito sancionou uma lei, na véspera do São João, suspendendo os pagamentos das contribuições previdenciárias patronais do município, de suas autarquias e fundações devidas ao Reciprev, com efeito retroativo para março e até dezembro de 2020. Segundo Mendonça, o pagamento de salário está sendo usado como desculpa para justificar o calote previdenciário da atual gestão.
Ex- ministro alertou ainda, para o fato de a gestão Geraldo Júlio estar adotando uma série de medidas que vão comprometer fortemente as finanças da próxima gestão. A antecipação do o pagamento do IPTU e da taxa de lixo – TRSD de 2021, no valor correspondente a cerca de R$ 120 milhões, é uma dessas medidas, que vai comprometer as finanças do município e a prestação
“A antecipação do IPTU 2021 e a dívida previdenciária de 2020 somam cerca de R$ 250 milhões de recurso indisponível para a próxima gestão. Essas operações são no mínimo irresponsabilidade do Prefeito com a cidade e com as pessoas”, criticou.