A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão para coletar provas contra um grupo suspeito de gerenciar recursos de terceiros para oferecer cirurgias plásticas por meio de um sistema semelhante a um consórcio, sem a autorização do Banco Central. Foram cumpridos quatro mandados, na terça (11), no Recife, em Olinda e em Jaboatão dos Guararapes.
Na busca, feita em empresas e residências, os policiais federais apreenderam agendas, celulares, contratos de adesão e notebooks. O material vai passar por perícia técnica para subsidiar as investigações, que ainda estão em curso.
De acordo com as investigações da Operação Sirena, as clientes que aderiam ao falso consórcio eram distribuídas em grupos que tinham o mesmo objetivo. O prazo de duração e o número de cotas era previamente determinado e os organizadores estipulavam, ainda, a forma de sorteio entre os participantes para utilizar os valores divididos em pequenas parcelas.Ainda durante as investigações, a PF observou que dezenas de participantes, mesmo contempladas em sorteio e pagando as contribuições, não recebiam os valores para a realização dos procedimentos estéticos. De acordo com a polícia, isso indica má gestão e apropriação indevida ou desvio do dinheiro recebido pelo grupo.
O objetivo da operação, segundo a PF, é responsabilizar os envolvidos na prática criminosa, que não tiveram a autorização do Banco Central para a realização dos procedimentos. Apesar da apreensão de materiais, os eventuais prejudicados precisam buscar, individualmente, o ressarcimento na área cível, segundo recomendação da polícia.
Fonte: G1