Ex-deputado Nelson Meurer morreu na prisão neste domingo (12), vitima de Covid-19. Primeiro condenado pelo Supremo Tribunal Federal na “lava jato”, tinha 78 anos e sofria de hipertensão e diabetes. Ano passado passou por cirurgia de ponte de safena, segundo informação dos seus advogados Michel Saliba e Alexandre Jobim.
Seu estado frágil de saúde foi ressaltado em um pedido de prisão domiciliar apresentado em março pela defesa ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Ação Penal 996. Fachin negou o pedido em abril.
“Nada obstante o requerente esteja enquadrado em grupo considerado de maior vulnerabilidade em caso de contágio, constata-se que o Juízo da Vara de Execuções Penais de Francisco Beltrão informou a adoção de providências alinhadas à Recomendação N° 62/2020 do Conselho Nacional de Justiça, como a suspensão de visitas a sentenciados que se encontram na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, a qual “não se encontra com ocupação superior à capacidade” destacando, ainda, a existência de “equipe de saúde lotada no estabelecimento””, escreveu o Ministro na decisão.
Além das negativas no bojo da Ação Penal, dois pedidos de Habeas Corpus foram negados pela ministra Rosa Weber: um em abril e outro em maio. O primeiro pedido foi negado por não caber HC contra decisão em procedimentos penais de competência originária do Supremo. O segundo, por ter repetido as requisições do primeiro.
Meurer estava preso na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, onde cumpria pena de 13 anos e 9 meses, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.