Secretária de Saúde, Luciana Albuquerque, participou de reunião virtual com os vereadores que compõem a Comissão Especial Interpartidária de Acompanhamento ao Coronavírus. Devido à pandemia da Covid-19, a reunião foi realizada por videoconferência na manhã desta terça-feira (23). Na ocasião, ela fez uma prestação de contas das ações da pasta no combate ao vírus na cidade e enfatizou que, “os esforços hoje, estão concentrados na campanha de vacinação e na abertura de leitos de observação de infectados em salas vermelhas”.
Luciana Albuquerque apresentou a situação epidemiológica da Covid-19 no Recife e disse que os números demonstram uma tendência de aumento nos casos leves e graves, como também nos de óbito. A tendência já vem sendo registrada nas últimas três semanas, segundo afirmou. A reunião foi acompanhada por todos os secretários executivos da Saúde da Prefeitura do Recife.
“No atual nível de transmissão do vírus, as duas medidas mais eficazes para impedir o contágio são: a vacinação, em primeiro lugar; e o lockdown, em segundo. Luciana porém, reconheceu que o modelo atual está mais flexível do que em relação ao que foi decretado no ano passado” observou.
Secretária explicou que, o Recife já vacinou cerca de 300 mil pessoas, somando a primeira e as segunda doses. “Mesmo assim é difícil fazer uma previsão a respeito de vacinação. Nós sabemos apenas dois dias antes sobre a quantidade de doses que vamos receber e quais as vacinas que vamos receber. A próxima remessa, por exemplo, iríamos receber a AstraZeneca e a CoronaVac. Mas, acabamos de saber que o Recife não receberá mais a AstraZeneca, pois essas doses irão para a população quilombola”.
Quanto à vacinação dos profissionais de educação física, a secretária disse que alguns já foram vacinados, mas a orientação enviada pelo Ministério da Saúde é que eles não podem ser vacinados agora, motivo pela qual foram suspensos. Ela também disse que a Secretaria de Saúde e a de Ação Social estão viabilizando a vacinação das pessoas de rua, com idades acima de 64 anos.
Gestora da saúde lembrou que, o Recife abriu muitos leitos e teve excelente atuação no ano passado. “Mas quando a pandemia arrefeceu, ficou inadiável financeiramente manter os leitos abertos. O ideal seria manter aqueles leitos, mas custa muito dinheiro. Mesmo assim, não deixamos de abrir de novos leitos este ano. Já abrimos 70 de UTI para idosos, mais 10 de UTI também no hospital Evangélico e outros 30 da mulher. Como o Estado de Pernambuco vem fazendo a aberturas de novos leitos, o nosso esforço tem sido no sentido de ampliar os leitos de observação em salas vermelhas”.
Ela afirmou, ainda, que é impossível apresentar uma previsão sobre quanto tempo durará a vacinação de combate à covid-19 no Recife. “O problema é que nós não sabemos quando recebemos as doses ou qual a quantidade de vacinas que vamos receber. Mesmo assim, eu garanto, as vacinas que tivermos, que formos recebendo, vacinaremos de imediato”.
Secretária de Saúde disse que, a Prefeitura do Recife pretende adquirir cerca de 220 mil doses de vacinas através do consórcio nacional. “Se isso for possível, será uma grande contribuição para o recifense”. De acordo com ela, a Prefeitura vem imunizando uma média de 7880 pessoas por dia e se houver um incremento, esse ritmo aumentará. “Esperamos fazer a vacinação o mais rápido possível”, disse.
Em outro ponto, ela destacou que, o lockdown que está em vigor atualmente, é de fato menos rígido que o do ano passado. “A decisão agora foi mais difícil que a do ano passado, muito mais complexa, no âmbito econômico. O problema principal é que as pessoas agora têm aglomerado muito mais”.
Com relação aos agentes comunitários de saúde, a secretária Luciana Albuquerque ressaltou que, eles estão sendo muito importantes neste momento de crise sanitária. “Através dos agentes, fazemos a entrada nas comunidades, pois eles têm o contato com a população. Hoje, eles também têm monitorado todos os casos de covid-19 e fazem o rastreamento de contato. Outra importante tarefa é dar orientações à população”.