VIOLÊNCIA EM ALTA NO ESTADO: NA REGIÃO METROPOLITANA O CRESCIMENTO É DE 48%

Boletim divulgado pela Secretaria de Defesa Social aponta que, neste sétimo mês de 2020 321 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) foram registrados em Pernambuco, número acima das 249 mortes que aconteceram em julho de 2019. No consolidado do ano, foram 2.284 ocorrências registradas em 2020, contra 2.004 CVLIs no ano passado.

Esse crescimento atingiu todas as regiões do Estado. Levando em consideração os dados do mês de julho, o Agreste teve o menor percentual de aumento. De 62 crimes, em 2019, para 68 casos, neste ano, o que representa 9% a mais de ocorrência. No Sertão, a diferença foi de mais 21,88% (de 32 para 39 casos), enquanto a Zona da Mata somou 34% (de 44 para 59 ocorrências). Já no Recife, o aumento foi de 23,08% (de 39 para 48), enquanto a RMR (Exceto a capital), teve uma ampliação de 48,61% (De 72 para 107).

  No consolidado do ano, é a Capital que mantém o menor percentual de aumento, chegando a 6,51%, ao somar 327 ocorrências, em 2020, contra 307 no mesmo período do ano passado. O Agreste vem logo em seguida, com uma ampliação de 7,13% de crimes (de 505 para 541), enquanto a Região Metropolitana (exceto a Capital) e o Sertão somaram 12% (de 584 para 658) e 17% (de 223 para 261), respectivamente. Por fim, a Zona da Mata registrou aumento de 29% (de 385 para 497).

“As organizações criminosas, especialmente as com atuação no tráfico de drogas, não paralisaram suas atividades com a pandemia. Ao contrário, em meio à crise econômica e o desaquecimento das atividades comerciais, cobraram com a vida as pessoas endividadas ou que se interpuseram em seu caminho no mercado da droga. Em meio a esse cenário que é nacional, até mais acentuado em outros estados, estamos trabalhando para manter a paz social nas ruas, enfrentar a pandemia e quebrar a espinha dorsal desses grupos”. 

 “Só em julho, foram 208 homicidas presos. Em todo o ano, totalizamos 3.627 armas de fogo apreendidas e 3.500 criminosos encarcerados. Identificamos as áreas mais aquecidas, quadrilhas e já estamos atacando o problema para fazer os crimes contra a vida voltarem a recuar”,  afirma o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua.

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