Esta semana é decisiva no combate à disseminação da varíola do macaco. A Organização Mundial da Saúde – OMS vai se reunir para decidir se a doença é uma emergência global. Aqui no Brasil já são quase 10 casos confirmados e mais de 2 mil no mundo todo.
O diretor-geral do ógão, Tedros Adhanom avalia que o avanço do surto em alguns países é “pouco usual e preocupante”. A OMS fará uma reunião na próxima semana para definir se a varíola do macaco deve ser tratada como emergência sanitária de preocupação internacional. O encontro está marcado para a quinta-feira (23). Para o chefe da OMS, o surto atual de varíola do macaco é “pouco usual e preocupante”.
Ibrahima Socé Fall, assistente do Diretor-Geral para emergências, também apontou o aumento considerável de novos casos como razão para determinar o nível de ameaça global que a doença representa.
“Obviamente não queremos esperar até que a situação esteja fora de controle para declarar uma situação de preocupação internacional”. Segundo Fall, o risco neste momento é “alto” na Europa e “moderado” no restante do mundo.
Tedros Adhanom ainda informou que haverá uma mudança no nome do vírus da varíola do macaco, assim como das cepas (África Ocidental e Bacia do Congo).
“A OMS está trabalhando com seus parceiros e especialistas de todo o mundo para mudar o nome do monkeypox vírus, seus clados e a doença que ele causa. Faremos o anúncio dos novos nomes o mais breve possível”.
O surto atual já atinge quase 40 países em pouco mais de um mês. A ferramenta de monitoramento em tempo real Global.health, criada por pesquisadores de universidades como Harvard e Oxford, contabiliza nesta terça-feira mais de 1.700 casos confirmados.
Trata-se do maior surto fora da África de varíola do macaco já visto. A OMS e agências sanitárias de dezenas de países tentam entender se houve mudança na forma de transmissão do vírus ou mutações genéticas que facilitaram, para que ele se espalhsse em uma velocidade nunca antes observada.