Prévias gratuitas do Carnaval do Recife continuam a pleno vapor com variadas programações em sua primeira semana. Nesta quarta-feira(05), o Maracatu Nação Porto Rico recebe o segundo ensaio para a 22ª edição do Tumaraca, que acontecerá no próximo dia 27 reunindo 700 batuqueiros de 13 nações, no Marco Zero.
É a celebração rítmica e percussiva da cultura popular, na abertura do Carnaval do Recife. Os ensaios abertos foram iniciados ontem (3 de fevereiro), no Cambinda Estrela, na Campina do Barreto. Até o próximo dia 21, serão realizados quatro ensaios por semana: três nas comunidades das nações e um na Rua da Moeda, congraçando todos os maracatus que ensaiaram na respectiva semana.
O ensaio do Nação Porto Rico acontece na Rua Eurico Vetrúvio, 484, Pina, a partir das 18h, com a participação do diretor artístico da edição 2025 do Tumaraca, Lucas dos Prazeres, e dos diretores criativos Deyse Leitão, Rubinho Petty e Fábio Sotero, além do Grupo Voz Nagô, criado por Naná Vasconcelos para somar vozes às percussões ancestrais dos maracatus.
Este ano, 13 nações de maracatu vão se reunir na celebração, tocando juntas sob a direção artística de Lucas dos Prazeres, com direção criativa de Deyse Leitão, Rubinho Petty e Fábio Sotero. Representando o futuro do maracatu, crianças das 13 nações seguirão de mãos dadas com seus respectivos mestres, que irão à frente do cortejo, no dia 27, abrindo caminho para a cultura recifense e as ancestralidades que a confirmam e sustentam.
Na chegada ao Marco Zero, as nações seguirão celebrando juntas as loas e tradições de cada grupo. De um a um, os mestres se revezarão na regência do coro percussivo e coletivo das centenas de tambores, que dobrarão seus baques, em celebração à força da tradição que as nações confirmam juntas.
Em cima do maior palco do Carnaval do Recife, cada mestre fará a regência da loa mais antiga de cada nação, que será cantada pelo Coral Voz Nagô, fundado por Naná. O espetáculo, que renderá homenagens ao Tata Raminho de Oxóssi (in memorian), ao mestre Teté, patrimônio vivo do Recife, e ao mestre Walter, que representam, na atualidade, as mais profundas raízes do maracatu pernambucano.
Juntos, os mais de 700 batuqueiros, suas alfaias, gonguês, agbês, taróis e timbaus, farão ainda uma saudação ao mestre Naná Vasconcelos. Somarão-se também à celebração do sagrado e do festivo percussivo recifense e pernambucano as vozes de Lucas dos Prazeres e do poeta, compositor e cantor Chico César, devoto do sagrado das tradições culturais e do Carnaval de rua do Recife, suas resistências, alegrias e belezas ancestrais.
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