Foto: CPRH/Divulgação
Praia de Porto de Galinhas, localizada no Município de Ipojuca, Litoral Sul pernambucano, foi alvo de crime ambiental. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) divulgou, nesta sexta-feira (19), que arbitrou uma multa pelo lançamento de esgoto sem tratamento na faixa de areia. A penalidade, no valor de R$ 20 mil, foi dirigida à Prefeitura da cidade. A sujeira e o mau odor tem gerado reclamações entre banhistas e comerciantes do local.
De acordo com o diretor de Controle de Fontes Poluidoras da CPRH, Eduardo Elvino, o esgoto bruto, proveniente da rede coletora operada pela gestão da cidade, extravasou para o sistema de drenagem de águas pluviais, vindo a escorrer pela areia e chegar ao mar. “Constitui-se em uma infração ambiental, com penalidade prevista na lei estadual 14.249, de 2010”, explicou.
A situação foi denunciada por turistas, moradores e demais frequentadores do polo turístico, considerado um dos mais visitados do Estado. Por meio das redes sociais, populares criticaram a água escura e o forte odor na área, em uma espécie de vala correndo para o mar. A situação também afugentou parte dos clientes de bares e demais pontos de comércio da praia.
De acordo com a equipe de fiscalização da CPRH, o município opera um sistema de esgotamento sanitário precário, com a utilização de poço de acumulação e retirada frequente do esgoto, por meio de caminhões do tipo limpa-fossa.
Ao Diario, a Prefeitura do Ipojuca informou que o problema seria de responsabilidade da Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa e que tem cobrado providências para sanar o problema. Em relação à multa, o município informou que aguarda ser notificado para se pronunciar. A concessionária, por sua vez, alegou que não é responsável pelo esgoto no local, mas que conta com projetos para recuperação de antigas unidades de esgoto na área.
Segundo denúncia, município opera sistema precário, com caminhões limpa-fossa