Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco TRE-PE, Frederico Neves faz uma análise sobre o último pleito e considera ter sido atípico, em decorrência da pandemia. “Os principais desafios desta eleição atípica foram o momento de preparação das urnas e treinamento de mesários”
As eleições de 2020, conforme apontam dados do TRE, foram totalmente diferente dos anos anteriores. Este ano, as parcelas de abstenção foram de 18,53% e 21,33%, no primeiro e segundo turno, respectivamente. Sobre estes dados, o Desembargador ressaltou que, “dado o cenário atual, o percentual de abstenção foi normal”.
“Embora a Justiça Eleitoral tenha adotado todas as cautelas para minimizar o risco de contágio da Covid-19, em real verdade a Pandemia foi a principal causa de abstenção nos dois turnos… afinal, esta doença extraordinária e imprevisível já contaminou 6.436.650 pessoas”, destacou o Magistrado. Ele
explicou ainda, que, “os votos brancos e nulos não são computados como válidos, de modo que não interferiram na eleição de qualquer candidato”.
Questionado sobre a mudança no formato de votação, o Desembargador ressaltou que: “pôr em dúvida, sem argumentos minimamente razoáveis, a segurança do sistema de votação eletrônica é uma atitude descomprometida com a realidade”. E complementou: “o retorno ao voto de papel seria um retrocesso inimaginável”
