Aglomeração em comício realizado no Ceará – Foto: Divulgação
Os números são taxativos e comprovam que as eleições foram a causa principal da súbita alta, nos casos de Covid-19, no Brasil. Congresso e Justiça Eleitoral, são cúmplices na irresponsabilidade. No dia 6 de novembro, a média de casos era de 16,1 mil, a menor desde maio, mas disparou na reta final da campanha até atingir no dia 17, dois dias depois do 1º turno, a marca de 30,1 mil – uma alta de 87%.
Depois de se estabilizar e até cair por alguns dias, a média voltou a subir e fechou no dia 30, logo depois do 2º turno em cidades populosas, em 35,5 mil, alta de 120,5% desde o início. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Os epidemiologistas explicam que o resultado das atitudes tomadas hoje, só é sentido de 10 a 15 dias depois. Exatamente o que ocorreu no Brasil. João Gabbardo, coordenador do combate à Covid em São Paulo e ex-número 2 do Ministério da Saúde, vê a campanha como principal causador da alta.
O ímpeto diminuiu na campanha do 2º turno, por envolver apenas 57 cidades, com mais de 200 mil eleitores, entre as maiores do país. O Imperial College de Londres se preocupou com a taxa de contágio de 1,3 na campanha, mas mostrou alívio com a queda para os atuais 1,03.
