MIGUEL COELHO ACUSA A FRENTE POPULAR DE FAZER ” POLÍTICA DO OPORTUNISMO”

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), teceu duras críticas à gestão do PSB em Pernambuco. Em entrevista ao Programa Frente a Frente, desta quinta-feira (05) da Rádio Tropical Sat 102,5 FM, em Juazeiro (BA), ele disse que o povo “está cansado” do grupo político que conduz o Estado. Também ressaltou que, “existe uma política do oportunismo”, na Frente Popular.

“Essa fadiga não é Miguel quem está falando. Vamos pegar o resultado das eleições do ano passado. Das dez maiores cidades do Estado, a oposição tem sete ou oito, só perde ali no Recife, e você sabe como foi a eleição. O que está muito claro é que a estratégia que está colocada é o poder pelo poder, sempre a política do oportunismo”.

“O PT e o PSB se digladiaram e agora já estão unidos e decantando as maiores provas de amor”, ironizou em entrevista ao Blog Magno Martins.

“Hoje Pernambuco amarga o pior indicador em geração de emprego no Nordeste. É o Estado que menos investe na região e o que vai crescer menos no Brasil esse ano. Só esses três argumentos já servem para uma reflexão de quem está nos ouvindo nos quatro cantos do nosso Estado”, disparou.

Miguel falou em “perda de competitividade” do Estado: “Aquele Pernambuco altivo de 15, 20 anos atrás se ofuscou.” A respeito dos principais nomes de oposição, que incluem os prefeitos Anderson Ferreira (Jaboatão dos Guararapes), Raquel Lyra (Caruaru) e Lupércio Nascimento (Olinda) – disse que “não há uma competição” entre eles. “Quem tentar plantar a discórdia vai bater a cabeça no muro”, destacou.

O gestor refutou divisão do bloco oposicionista e assegurou que está disposto a ceder em nome de um novo projeto para o Estado.

“A oposição não está dividida. Está unida e tem grandes nomes. Sento na mesa com Anderson, Raquel, Lupércio e tantos outros. Jamais escondi minhas pretensões de ter a oportunidade de liderar e representar um novo ciclo para Pernambuco”.

“Mas, se por qualquer razão que for, não puder ser Miguel, estou pronto para apoiar Raquel, Anderson, Lupércio ou quem quer que seja. Até porque isso não é um projeto de Miguel, tem que ser um projeto de Pernambuco”.

Sobre uma possível nacionalização da disputa local- com os nomes do ex-presidente Lula (PT) e do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido) – no embate, o prefeito de Petrolina disse que “não se pode pegar o debate nacional e diminuir o protagonismo do Estado”.

“Quem perde com menos Pernambuco são os pernambucanos. A gente precisa discutir Pernambuco, os problemas e desafios que nosso Estado enfrenta”, declarou.

Miguel Coelho não se furtou de falar sobre a aliança com o Governo Bolsonaro, do qual seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), é líder, no Senado e apontou contradições nas críticas aplicadas pelos adversários.

“Tem mais aliado de Bolsonaro e do Governo Federal na Frente Popular do que no bloco de oposição. A política, a meu ver, não pode ser feita com hipocrisia e com demagogia. Tem que fazer com transparência. Somos aliados do Governo Federal sim e, é por isso que estamos viabilizando várias obras em Petrolina”, afirmou.

“Em qualquer cargo executivo que ocupar, baterei em qualquer porta necessária para buscar desenvolvimento, emprego, renda e melhoria na qualidade de vida.

“Agora, quem está pendurado nos cargos em Brasília e no Recife tem que explicar como pode atender dois senhores ao mesmo tempo. Política tem que ter lado. Não dá para ficar em cima do muro e meu lado é pela mudança em Pernambuco”, prosseguiu.

Sobre a distribuição de vacinas contra a Covid-19, em Pernambuco – apontou privilégios ao Recife, conduzido pelo prefeito João Campos, do PSB, mesmo partido do governador Paulo Câmara.

“A média de vacinação em Pernambuco está 30 anos. Petrolina está 30, Caruaru 31, acho que Olinda 29, Jaboatão também 30. Como é que todo mundo das grandes cidades está nisso e Recife agora está 23? É questão proporcional. Nosso interesse é que todos os pernambucanos sejam vacinados, mas tem que ser tratar de maneira equânime. A vida de um pernambucano do Sertão é igual à do Agreste, da Metropolitana, da Mata. Não pode haver distinção”.

Fonte: Blog do Magno

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