VICE-GOVERNADORA LUCIANA SANTOS SE MANIFESTA EM DEFESA DA FEDERAÇÃO PARTIDÁRIA

Vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, se manifestou sobre rumores de possível federalização do seu partido com o PT, PSB, PSOL e PV. A fala aconteceu durante entrevista nesta quinta-feira (30) à Rádio Folha FM 96,7.

De acordo com a Luciana, a federalização é uma ferramenta que irá inovar a política brasileira e ajudar no exercício da unidade política do País. Sobre a união de partidos, que não será válida apenas nas eleições de 2022, mas posteriormente, ela classificou a questão, como “união estável”. 

“A federalização não é simples de se formar, porque esse sempre foi um dos grandes problemas da nossa perspectiva, do nosso projeto de País. É que a gente nunca conseguiu organizar um núcleo estratégico do nosso campo, ou seja, de que campo for. E nós, mesmo com as dificuldades de unidade política, de ter unidade de ação, e isso tem atrapalhado muito”, avaliou.

O PT era o partido que estava com ressalvas quanto à junção. No entanto, nas últimas semanas, o diretório nacional petista aprovou a abertura das conversas com PSB, PCdoB, PV e PSOL para a formação com vistas nas eleições de 2022. Agora, no entendimento do PT, o PSB tenta recuar da federação. “Essa percepção ocorre, entre outras coisas, por conta das prioridades apresentadas pelos socialistas que estão conflitando as prioridades dos petistas”.

Na perspectiva da comunista, a falta de unidade no campo possibilitou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse o vencedor das eleições presidenciais de 2018. “Eu considero que foi uma das coisas que possibilitou esse reverso em nível nacional”.

“É que nós nunca conseguimos fazer um núcleo estratégico mais coeso, mais afinado. E a federação vai exigir mais esse esforço porque precisa ser um programa único, ela precisa ter um estatuto único e isso força a unidade e isso é bom para o Brasil”.

“E, não é só para a esquerda. Isso é bom para a direita, é bom para o centro. O que importa é que isso dá mais nitidez, é mais pedagógico, inclusive, aos olhos do povo para que entenda melhor como se dá a dinâmica da política”, pontuou.

JUNÇÃO DOS PARTIDOS

A Vice-governadora afirmou, ainda, que seria “extraordinário” a junção dos partidos e destacou que formações políticas partem da dinâmica regional.  “Acontece que a dinâmica da luta política se dá muito a partir da dinâmica regional e como a federação tem prazo – porque ela tem que dar entrada em fevereiro – não é o mesmo tempo político que se resolve a equação majoritária”, explicou.

Foto: Diego Galba

 

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