ANO 2022 FICOU PARADO NO TEMPO E O BR AO DEUS-DARÁ

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Existe um livro cujo título se tornou uma legenda: “1968, o ano que não terminou”, do jornalista Zuenir Ventura. Refere- se à edição do AÍ-5, em 13 de dezembro de 1968.

Guardo na retentiva da memória a revogação do AI-5 em 13 de outubro de 1978, através de emenda constitucional assinada pelo general-presidente Ernesto Geisel. O tiro de misericórdia no regime de arbítrio civil-militar de 1964 foi dado pela lei da Anistia, de número 6.683, sancionada pelo general-presidente João Figueiredo em 28 de agosto de 1979.

No calendário das esquerdas ortodoxas o ano 1968 prolongou-se até 1985, com a eleição de Tancredo Neves-Ribamar Sarney para a Presidência da República em 15 de janeiro de 1985.

A história se repete. O ano 2022 acabou, porém continua. Não há previsão de quando irá acabar, ou se irá ficar parado no tempo e no espaço. O serviço meteorológico antevê relâmpagos, incêndios e trovoadas nos corações auriverdes, nos planaltos, nos palanques, planícies, palácios e choupanas.

O ano 2022 começou precisamente naquele dia em que o urucum vermelho foi exumado das catacumbas em Curitiba para ser eleito presidente da República. Os eventos que se seguiram foram apenas para cumprir tabela. O capitão fez o papel apenas de figurante nesses eventos, mesmo tendo a ilusão de ser protagonista.

Durante os quatro anos do campeonato Brasileirão, pra cima e pra baixo do pescoço tudo era canela.  O time dos Zé Manés jogou sob impedimento. Cartão amarelo! Cartão vermelho! Tá expulso! O goleiro foi expulso e o time jogou desfalcado.

Os locutores profetizavam a vitória por goleada dos Urucuns Vermelhos. A margem de erro era de 50 por cento, para menos. Os bandeirinhas vermelhos aplicaram vários pênaltis contra os Zé Manés.

Ao final do jogo, o pisca-pisca do placar eletrônico informou que os Urucuns venceram por meio gol, por 0,5 gol. E a mundiça vermelha delirou, delirou! Naquele momento o cérebro do tangedor de gado congelou e ainda hoje não caiu a ficha.

O capitão dos Zé Manés foi proibido de apitar durante oito anos porque reuniu-se com diplomatas estrangeiros. Se tivesse se reunido com ditadores latinos e caribenhos, seria abençoado até pelo Papa, que é do time dos globalistas, tipo um Messi no Vaticano.

O guru do cordão encarnado ficou com cérebro congelado desde as eleições de 2002, quando o mar vermelho vestiu a pele de cordeiro e começou a invadir o coração desta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz.

Coitado do Brazil! A ilusão dos Zé Manés entra em campo no estádio vazio. Estão jogando sem bola, ao Deus-dará.

Por: José Adalbertovsky RibeiroPeriodista, escritor e quase poeta

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