General Eduardo Villas Boas, que foi assessor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República durante o governo Bolsonaro, desmentiu declaração do comentarista Paulo Figueiredo Filho, da Jovem Pan, a respeito da conduta de outros generais as Forças Armadas.
Na última segunda-feira (28), Figueiredo acusou três nomes do Alto Escalão do Exército de agir contra uma ação “mais contundente” das Forças Armadas sobre o resultado das eleições 2022.
Ele se referiu ao comandante militar do Nordeste, general Richard Fernandez Nunes; ao comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva e ao ex-comandante militar do Sul, Valério Stumpf Trindade.
O comentarista afirmou que os generais teriam “posições ideológicas muito à esquerda” e que um deles seria amigo do ex-advogado-geral da União José Levi Mello do Amaral Júnior, que seria “defensor dos interesses do Supremo Tribunal Federal”.
O secretário-executivo do Alexandre de Moraes tem um brother dentro do Alto Comando do Exército. Será que é por isso que o Alexandre toma as suas decisões com tanta tranquilidade, sabendo que não vai ter reação?”, insinuou o jornalista durante transmissão ao vivo.
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Na noite da última terça-feira (28), o general Villas Boas publicou um texto em defesa dos comandantes citados por Paulo Figueiredo. Ele classificou a declaração como “fake news tentando difamar a imagem dos três generais”.
Em outro momento, o general afirmou que acompanhou a formação dos militares citados pelo jornalista, e que eles foram seus subordinados. “Posso atestar a higidez de caráter, coragem e a lealdade”. Por fim, Villas Boas afirmou que “nesse momento extremo”, “é imprescindível que a solidez das estruturas do Exército sejam preservadas”. comentou.
NOTA NA ÍNTEGRA
“Fui surpreendido por fake news tentando difamar a imagem de três generais do Alto Comando do Exército. Tratam-se dos Generais Tomás, Stumpf e Richard. Por coincidência, dos três participei da formação e ao longo da carreira os tive como subordinados.
Observei o desempenho em missões críticas que enfrentaram. Posso atestar, portanto a higidez de caráter, a coragem e a lealdade, tanto pessoal como a que devotam às normas que regem a instituição Exército.
Nesse momento extremo que a nação atravessa é imprescindível que a solidez das estruturas do Exército sejam preservadas. A história ensina que sempre que essas condições foram negligenciadas, produziu-se catástrofe para ela própria e para a Nação.
Nossa força, em algum momento, pode ser instada a agir. Vamos, portanto, assegurar a tranquilidade necessária para a tomada de decisões por parte de nossos chefes”.
General Villas Bôas, 2022.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil