O drama é sentido na pele pelos pacientes de Santa Maria da Boa Vista, no Sertão do São Francisco, onde não há hospital regional. Os casos graves são encaminhados para a Rede Interestadual de Saúde Pernambuco/Bahia (Rede PEBA).
“A espera é horrível, a senha da regulação é conhecida como a senha da morte, porque demora demais e nem sempre o paciente pode esperar”, lamenta o prefeito da cidade, George Duarte.
A situação se repete em municípios do Agreste e Zona da Mata. Além de sofrerem com o atendimento precário, os moradores dos municípios questionam obras abandonadas a exemplo do Hospital da Mulher de Caruaru e das UPAs de Carpina e Palmares.
Em encontro recente com o pré-candidato Miguel Coelho, o prefeito Júnior de Beto fez um desabafo. “Faz oito anos que a UPA foi construída e não foi aberta”, relatou o gestor de Palmares.
Crítico da má gestão do atual governo, o pré-candidato a governador Miguel Coelho defende a descentralização dos serviços de saúde e um novo modelo de gestão. Ele lembra que R$ 6 bilhões são gastos por ano com as Organizações Sociais (OS), mas o povo continua sem atendimento.
“Infelizmente, o caos na saúde, a falta de humanização, não é só nos grandes hospitais do Recife. Isso se multiplica no Sertão, Agreste e Mata”, aponta Miguel.
Ainda segundo o Pré-candidato a governador, Pernambuco precisa de um novo modelo de gestão para que cenas como a queda do teto do Hospital da Restauração não se repitam.
“A queda do teto de um hospital desse porte é algo que nos envergonha nacionalmente, mas infelizmente é uma tragédia anunciada. Quantas matérias e vídeos já vimos sobre gente deitada nos corredores”?
” Quantas vezes médicos, enfermeiros, técnicos e demais funcionários do HR, sob anonimato, já denunciaram o descaso com um dos principais equipamentos de saúde pública de Pernambuco”, lembrou Miguel ,em nota sobre a queda do teto de uma ala do Hospital da Restauração.
Foto: Jonas Santos