Novo prefeito de Paulista Jorge Carreiro (PV), que assumiu o cargo na última terça-feira, vem promovendo uma série de mudanças no quadro de funcionários do município. Desde que assumiu, todos os 1.095 comissionados foram exonerados. Os alvos mais recentes foram profissionais da Secretaria de Saúde, incluindo a secretária, Fabiana Bernart. Carreiro assumiu a prefeitura após o até então chefe do Executivo, Júnior Matuto (PSB) ser afastado do cargo por irregularidades na gestão.
Prefeito afirmou que o motivo da exoneração coletiva na Saúde foi à falta de informações, por parte da secretária. Segundo explicou foi feito um pedido de informação à Secretaria de Saúde e não obtido retorno. “Fizemos um pedido de informação perguntando em quais áreas os funcionários deveriam ser preservados das demissões, para não ter problemas no atendimento. Quase 36h depois, ela ainda não tinha respondido. A gente ficou sem saber o que fazer – por isso, tivemos que exonerar todos para poder descobrir quem era funcionário fantasma e substituir”, disse em entrevista ao JC.
Entre os últimos profissionais exonerados está a antiga secretária de Saúde, Fabiana Bernart que, segundo a atual administração, é esposa de Júnior Matuto. Fabiana Bernart foi trocada por Tereza Mouzinho, no comando da pasta. Além dos profissionais ligados à secretaria de Saúde, Jorge Carreiro ordenou a exoneração de outras 875 pessoas que ocupavam cargos em outros setores da administração do município.
Carreiro afirmou ainda, “que não houve impacto no atendimento das unidades de saúde do município e que essas demissões só foram feitas para não continuar pagando funcionários fantasmas, presentes em todas as áreas da gestão anterior”. Destacou também que, “Isso foi feito para que possamos garantir que tudo funcione e sem pagar para quem não trabalha”. As pessoas exoneradas e comprovarem que realmente trabalhavam, serão remanejadas. Isto, inclusive, já está sendo feito” disse Jorge Carreiro.
Sobre o funcionamento do Hospital de Campanha do município, erguido em maio, mas atualmente fechado – Carreiro explicou que não há razão de a prefeitura manter um equipamento que custa mais de R$ 1 milhão por mês, além dos R$ 2,5 milhões investidos na construção localizada no Bairro do Nobre, que no momento, está sem paciente, R$ 2 milhões foram oriundos do Ministério da Saúde (MS).