RECIFE CONCORRE AO TÍTULO CIDADE CRIATIVA DA UNESCO, NA CATEGORIA MÚSICA

Foto: Bruno Lima/MTur

A cidade do Recife será uma das representantes brasileiras, ao título de Cidade Criativa da Unesco. A capital pernambucana concorrerá na categoria Música e poderá se juntar a Salvador, que também possui o título no mesmo segmento. Já o município de Campina Grande, na Paraíba, concorrerá na Categoria Mídia. Caso seja confirmada a indicação, ele será o único destino nesta categoria, em solo brasileiro.

A Rede de Cidades Criativas da Unesco tem por objetivo favorecer a cooperação entre cidades que consideram a criatividade como um fator estratégico, para o desenvolvimento sustentável, em seus aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais.

As cidades que aderem à rede comprometem-se a compartilhar boas práticas e a desenvolver parcerias para promover as indústrias da cultura e da criatividade, no âmbito de seus planos de desenvolvimento urbano. “O título de Cidade Criativa é um importante diferencial competitivo para os destinos que garantem esse reconhecimento”.

“Estamos muito felizes de termos dois candidatos tão fortes nessa competição que dará ainda mais visibilidade no cenário internacional a essas duas cidades brasileiras. Recife merece ter sua cena musical reconhecida por um dos organismos internacionais mais importantes do mundo. Espero que possamos, em breve, comemorar mais essa conquista para o turismo brasileiro”, comentou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto”.


Atualmente, dez cidades brasileiras fazem parte da Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco, que, desde 2004, reconhece mundialmente esforços de cidades para colocar a economia criativa, por meio de projetos turísticos e culturais, no centro de planos de desenvolvimento urbano. São elas: Belém (PA), Florianópolis (SC), Paraty (RJ) e Belo Horizonte (MG),

No campo da gastronomia; Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE), em design; João Pessoa (PB), em artesanato e artes populares; Salvador (BA), na música; e Santos (SP), no cinema. 

SELEÇÃO

Os municípios interessados em pleitear o título em uma das sete categorias disponíveis – arte e artesanato; design; cinema; gastronomia; literatura; artes – comunicação e mídia; além de música – se inscreveram primeiramente em uma pré-seleção para endosso da Comissão Nacional – da qual o Ministério do Turismo fez parte, como responsável pelo envio dos candidatos à sede do organismo internacional, em Paris, após aprovação do Itamaraty.

Todas as candidaturas aprovadas pelo governo brasileiro devem estar acompanhadas de carta oficial do prefeito da cidade. A Unesco estabeleceu limitação de apenas duas candidaturas por país, concorrentes em duas especialidades distintas.

Para serem admitidas à Rede, as candidatas deverão submeter-se a processo de avaliação por parte de peritos dos setores de cultura e indústria criativa, no âmbito da Unesco, com ênfase na área de especialização escolhida. As cidades candidatas deverão reconhecer a importância do desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo e comprometer-se a promover o papel da cultura e da criatividade na implementação da Agenda 2030.

O organismo internacional aplica critérios de equilíbrio regional e temático na seleção das cidades, de modo a privilegiar áreas geográficas e especialidades criativas com menor representação na rede. No próximo ciclo de candidaturas, as áreas geográficas consideradas prioritárias são: a África e os países árabes; enquanto as especialidades criativas menos representadas são: o cinema e as artes – comunicação e mídia.

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