CORONEL QUE COMANDAVA A PMPE, EM ATO VIOLENTO É POSTO NA RESERVA REMUNERADA

O coronel da Polícia Militar de Pernambuco Vanildo Maranhão – que, segundo o Governo do Estado comandou ação violenta, em manifestação no Centro do Recife, em 29 de maio – foi transferido, nesta terça-feira (15), para a reserva remunerada. O oficial era o comandante-geral da PM. Ele foi afastado do cargo, no dia 1º deste mês.

A repressão ao protesto realizado no Centro da capital pernambucana deixou dois homens gravemente feridos: o adesivador de táxis Daniel Campelo, de 51 anos e o arrumador de contêineres Jonas Correia, de 29 anos, perderam parte da visão. A vereadora Liana Cirne (PT) levou jato de spray no rosto.

Além de Vanildo Maranhão, o Governador aceitou a exoneração do então secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua. Até agora, 16 PMs foram afastados das ruas. Três deles são oficiais e foram identificados. A transferência para a reserva remunerada de Vanildo Maranhão foi publicada no Diário Oficial de Pernambuco, ontem.. A determinação, no entanto, é retroativa a 2 de junho. Ou seja, um dia depois da exoneração.

De acordo com o portal da transparência do Governo de Pernambuco, a última remuneração do coronel na ativa, em maio deste ano, quando ocorreu o fato, era de R$ 33.897,69. O salário-base foi de R$ 23.238.

O Governo do Estado, até agora, já afirmou várias vezes, que a decisão de agir com balas de borracha e spray de pimenta partiu dos comandantes da ação que estavam nas ruas. Isto contraria documento interno da corporação, onde apontou que a determinação saiu do Comando-Geral da PM. O atual secretário de Defesa Social, Humberto Freire, disse que a ação de dispersão “pode ocorrer por critério emergencial”.

MANIFESTAÇÃO

Por causa de atos marcados para o próximo sábado (19), o Governo de Pernambuco criou um grupo para discutir as manifestação prevista, organizada por partidos de esquerda e movimento sociais. A ideia é evitar aglomerações, por causa da pandemia, e atuar com apoio de servidores que foram escalados para mediar possíveis conflitos.

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