ESCRAVIDÃO, O COMÉRCIO MAIS INFAME DA HUMANIDADE

MONTANHAS DA JAQUEIRA – A escravidão infelicita a humanidade adâmica desde os tempos primevos. Na Antiguidade os egípcios escravizaram os hebreus, ou israelitas, durante 400 anos. Moisés, dos Mandamentos divinos, libertou os escravos ao promover a abertura do Mar Vermelho e conduzi-los à Terra Prometida.

Eis os caminhos da perdição, o Mar Vermelho, as bandeiras vermelhas, a seita dos devotos de pele vermelha. Na orla marítima da cidade de Uidá (ajuda), costa ocidental do Benin, na África, existe um local chamado Porta do Não Retorno.

Durante mais de três séculos milhões de seres humanos foram amordaçados e embarcados nos porões de navios negreiros, através da Porta do Não Retorno, para serem escravizados no Continente Americano. Foi o comércio mais infame da história da humanidade.

As igrejas, os papas e as majestades mantinham um silêncio cúmplice e misericordioso. A porta do não retorno foi o Holocausto da escravidão. As seitas vermelhas escravizam as nações onde instalam o vírus comunista. As esquerdas no Brazil são pusilânimes diante das escravidões comunistas no mundo.

A escravatura negra foi revogada no Brazil, formalmente, pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888. Não por acaso nosso País foi o último a abolir a escravidão nas Américas. O abolicionista Joaquim Nabuco alertou sobre a herança maldita da escravidão.

Atualmente existe o neo-escravo. Exemplo: há três semanas, um homem negro, um Zé Ninguém, preso num bairro “nobre” de São Paulo por roubar duas caixas de chocolate num supermercado, foi amordaçado, pés e mãos amarrados, torturado e trancafiado na mala de uma viatura.

Serenos e tranquilos, os torturadores fardados da PM de São Paulo não esboçaram um mínimo gesto de compaixão humana diante dos gritos de desespero do neo-escravo.

Depois de três semanas, o caso de tortura está caindo no esquecimento e com certeza irá resultar em impunidade. Torturar negros no pelourinho era o regime normal nos tempos da escravidão, tal e qual acontece hoje no camburão das viaturas policiais e nos porões das delegacias.

Em audiência de custódia, após analisar as cenas de violência policial, uma majestade supremacista sentenciou, do alto do seu salário de 50 mil denários, bolsa Louis Vuitton de 5 mil dólares, não ter havido tortura, apenas um justo corretivo legal pois o perigoso meliante ameaçava a ordem social e a estabilidade das instituições, a bordo de duas caixas de chocolate.

Na mesma semana em São Paulo, mediante acordo com o Ministério Público, um ex-prefeito da cidade, larápio notório e, um banco de investimentos devolveram à prefeitura da capital 152 milhões que haviam sido roubados dos cofres públicos.

Esta grana seria suficiente para comprar 760 mil caixas de chocolates. O ex-prefeito e os diretores do banco foram tratados com respeito e consideração.  Algemas, nem pensar, pois eles não são negros, nem pobres, nem favelados. Este é o País que se diz ordeiro e pacífico, de índole cristã.

Por: José Adalbertovsky Ribeiro – Periodista, escritor e quase poeta

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