Após a denúncia na imprensa, o ex-prefeito Geraldo Júlio (PSB), atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, recuou de uma licitação para gastar R$ 15 milhões em móveis (inclusive de luxo) para a empresa estatual, Suape. Já havia, inclusive Ação Popular, impetrada na Justiça para tentar impedir a “gastança” .
Temendo o desgaste político com a compra absurda, neste momento de crise financeira da Covid-19, o Secretário deu a ordem para cancelar a compra. Quem assinou a revogação da “festança” com o dinheiro público foi o atual presidente de Suape, Roberto Gusmão, – um dos nomes da maior confiança e intimidade com Geraldo, desde os tempos da Prefeitura do Recife.
O presidente da estatal reconheceu, no seu despacho, que haviam “razões de interesse público” para barrar o gasto de R$ 15 milhões, em novos móveis para o conforto da equipe de Geraldo Julio, em Suape. Dentre os itens que seriam adquiridos com recursos públicos, estavam: armários, prateleiras, rodapés, mesas, gavetas, dentre outros. Em alguns itens, a Secretaria de Geraldo exigiu no edital “revestimento amadeirado de carvalho prata ou similar”.
Algumas das cadeiras exigidas pela Secretário, por exemplo, também tinham especificações bem detalhadas como: exigência de que sejam em “aço carbono”: “Cadeira fixa sem braços, empilhável, com estrutura manufaturada em barra redonda trefilada de aço carbono, com diâmetro externo mínimo 7/16” (11,11 mm).
O modelo dos assentos seriam do do tipo trapezoidal, possuindo interligação de reforço transversal, na porção frontal da estrutura. Este reforço teria que ficar distante do piso, de maneira tal que não impedisse ou atrapalhasse os movimentos dos membros inferiores do usuário”.
Fonte: Blog do Magno