O respeito às regras democráticas por parte das lideranças políticas brasileiras foi a tônica do discurso do líder do Governo, deputado Isaltino Nascimento (PSB), na Reunião Plenária desta segunda (02). Durante a videoconferência que marcou a volta dos trabalhos legislativos.
Parlamentar avaliou o atual estágio da pandemia de Covid-19 e defendeu a manutenção do ramal de Suape na Ferrovia Transnordestina.
O socialista iniciou a fala criticando a possibilidade de retorno ao voto impresso, nas eleições de 2022, prevista em uma Proposta de Emenda à Constituição – PEC, que tramita no Congresso Nacional.
“Seria um retrocesso à década de 1930, quando as pessoas tinham que declarar suas escolhas abertamente. Imaginem o problema que isso pode gerar, em lugares onde há milícias e coronelismo”, disse. Nascimento repudiou, ainda, ameaças ao pleito do ano que vem.
“É inadmissível a tentativa de intimidar chefes de poderes, assim como a sugestão de suspender as eleições. A forma de votação é definida pelo Congresso e não pode ser alvo de ameaças do governante de plantão ou de militares”, declarou.
PAUTAS
Na agenda da Alepe, a votação do Orçamento do Estado para o ano que vem deve ser o destaque do semestre. “É na Lei Orçamentária Anual que vamos definir ações e valores para 2022. Precisamos considerar, por exemplo, o aumento da população de rua e da fome, por conta dessa condição em que o Governo Federal deixou o nosso País”, avaliou o líder.
Em relação à pandemia do novo coronavírus, Isaltino Nascimento pediu que a população pernambucana conclua o processo de vacinação e mantenha os devidos cuidados. “Entre as pessoas que estão internadas nas UTIs do nosso Estado por causa da Covid-19, cerca de 80% não tomaram a vacina. É preciso receber as duas doses”, reforçou.
O Parlamentar ainda manifestou-se a favor da manutenção do traçado original da Ferrovia Transnordestina, com um ramal em direção ao Porto de Suape. O assunto motivou uma Reunião Extraordinária da Comissão de Justiça na semana passada.
“Essa via pode ajudar a distribuir a produção de gesso do Araripe por meio do nosso porto, por exemplo. Deixar de construí-la, como tem sido aventado, não prejudicará o governo do PSB, mas Pernambuco como um todo”, observou.
