Manifestantes se concentraram na manhã desta segunda-feira (14), em frente à Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho – Litoral Sul, para reivindicar mais uma vez, da gestão da cidade, a criação de um Auxilio Municipal Emergencial, devido a pandemia da Covid-19.
Grupos formados por 60 entidades sociais alegam que a fome assola a vida de diversas famílias da cidade e solicitam, ajuda do Executivo Municipal no valor de R$ 250.
“Estamos há 100 dias na luta pela instauração desse auxílio. Já tivemos três reuniões com executivos, e tivemos reunião com a presença do legislativo também. Já nos reunimos com a Secretaria de Programas Sociais, inclusive com o Governo do Estado e já foi sinalizado que existe verba disponível para instalação imediata do auxílio”.
“No entanto, de uma hora para outra o governo se fecha, não dá mais retorno a comissão que estava discutindo e organizando isso junto com a base, e resolve não nos atender. E, aí, por isso que hoje completando 100 dias, nós estamos aqui, todas as lideranças, na tentativa de uma resposta definitiva sobre o Auxílio Emergencial, aqui no Cabo de Santo Agostinho”, disse a integrante do Comitê do Auxílio Emergencial, Andreza Romano.
“De acordo com os organizadores do ato o prefeito do Cabo, Keko do Armazém criou uma comissão para discutir e dialogar com os movimentos sociais e a partir daí, foram realizadas reuniões com os secretários. O acordado foi que, até o dia 22 de abril representantes dos movimentos e a prefeitura teriam um encontro para o detalhamento do parecer municipal”.
“O encontro também definiria sobre o montante que seria destinado para o pagamento do auxílio; quais critérios seriam adotados e quantas pessoas seriam beneficiadas. O encontro, até o momento não aconteceu” afirmam lideranças.
“O Cabo de Santo Agostinho é hoje um dos municípios onde a Covid-19 tem mais impactado a população, especialmente nas periferias. Temos 25 mil famílias em situação de fome. Esse auxilio é a única alternativa que a gente vê nesse momento de forma mais sustentável. Com o recurso na mão, as famílias vão poder comprar seus alimentos. E esse dinheiro vai circular na comunidade, porque se compra na quitanda, no mercadinho, na farmácia”.
O recurso circula no comércio e ainda volta em forma de imposto para a prefeitura. Então, para o poder público não é um gasto é um investimento. Esta é uma reinvindicação realmente justa”, disse a coordenadora-geral do Centro das Mulheres do Cabo der Santo Agostinho, Nivete Azevedo.
O protesto, que começou por vilta das 06h, em frente ao Centro Administrativo do Cabo (CAM I), na Torrinha, no Centro da cidade, contou com a participação de representantes das entidades e movimentos sociais ligados à cultura, religião, comerciantes, direitos da mulher, movimento popular de moradia e associações comunitárias. Os manifestantes, segundo os registros, usavam máscaras e respeitavam os protocolos sanitários, como o distanciamento social.