NOVA ONDA DE COVID-19 LOTAM UTIs: PERNAMBUCO TEM A MAIOR OCUPAÇÃO DE LEITOS

As taxas de ocupação de UTIs para a Covid-19 chegaram a um ponto considerado “crítico” em um Estado da Federação e quatro capitais. É o que apontam dados da nota técnica da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.

Segundo o Observatório Covid-19, a explosão de infecções pela cepa ômicron e as transmissões do novo coronavírus pelas festas de fim de ano pressionam os serviços de saúde.

De acordo com a Fiocruz, o Estado de Pernambuco está com 82% dos leitos de UTI ocupados. Entre as capitais em situação crítica estão: Fortaleza tem 88%, Recife 80%, Belo Horizonte 84% e Goiânia (tem o maior índice, com 94%

Em seguida, oito unidades da Federação estão em uma fase que requer atenção: Pará, Tocantins, Piauí, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. As capitais Porto Velho, Macapá, Maceió, Salvador, Vitória e Brasília se encontram na mesma situação.

No caso de Pernambuco, dos 857 leitos existentes para a Covid-19, 703 estão ocupados — em agosto passado, eram 1.460 vagas abertas e 686 internações. No Pará, são 201 leitos com 143 pacientes internados — também em agosto, 341 vagas estavam à disposição.

Já em São Paulo, que antes do avanço da vacinação era o epicentro da pandemia no País, houve uma alta de 58% no número de pessoas internadas em UTI por síndromes respiratórias nas duas últimas semanas.

No recebimento das primeiras doses da vacina pediátrica contra a Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou as pessoas não vacinadas e as responsabilizou pelo aumento das internações.

MENOR QUANTIDADE

Segundo o infectologista do Hospital das Forças Armadas Hemerson Luz, é preciso levar em consideração que há menos leitos disponíveis do que no momento inicial da pandemia, já que os hospitais de campanha foram desativados e unidades deixaram de ser áreas de atendimento de casos de coronavírus.

De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil registrou, nas últimas 24h, 97.986 novos casos de Covid-19. Com o avanço da ômicron, o número diário de registros de um dia para o outro se aproxima de 100 mil e, é o sexto maior desde o início da pandemia.

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

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