Deputados federais da oposição e alguns da base governista se uniram para apresentar o pedido de impeachment – com o maior número de assinaturas da história – contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Iniciativa acontece após a fala do presidente brasileiro comparando os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto. O pedido seria protocolado nesta terça-feira (20), mas conforme anúncio feito pelos deputados na Câmara, a entrega foi adiada para esta quarta-feira (21). Informações são do Portal Gazeta do Povo.
O intuito é alcançar mais deputados interessados em apoiar o impeachment. Até o momento, já foram contabilizadas 124 assinaturas. O impeachment de Dilma Rousseff foi apresentado com 122 assinaturas. O pedido conta com apoio de deputados dos partidos Progressistas, União Brasil e Republicanos – legendas que integram ministérios do governo Lula.
Segundo a deputada Carla Zambelli (PL-SP), as declarações de Lula configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal. Ela acusa o Presidente de “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
Para o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), Lula “desonrou a memória do povo judeu”, além de criar uma “crise diplomática sem precedentes”. Durante uma coletiva, os deputados ressaltaram que as declarações de Lula são “muito graves”, “impactam nas relações comerciais com Israel e coloca o Brasil no estado de guerra, uma vez que toma posição ideológica”.
“A postura do Lula envergonha até aqueles que estiveram ao lado dele e coloca em cheque os nossos acordos comerciais”, disse um dos signatários do pedido. O líder do PL na Câmara, Carlos Jordy (RJ), manifestou o seu repúdio a declaração do petista.
“Lula não cometeu só um crime de responsabilidade, cometeu um crime contra a humanidade. No dia 7 de outubro, assistimos enojados o que Hamas fez contra o povo de Israel. Muitos foram os relatos de violência bárbaras”, disse Jordy.
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