O Conselho Superior de Transporte Metropolitano – CSTM definiu, em reunião realizada na tarde desta sexta-feira (05), o aumento das passagens de ônibus que circulam pelo Grande Recife. Os percentuais de reajuste são de 8,7% para a tarifa A, que passa de R$ 3,45 para R$ 3,75, e de 8,5% para a tarifa B, que sai de R$ 4,70 para R$ 5,10. O anel G passa de R$ 2,25 para R$ 2,45, um aumento de 8,8%.
Na reunião, também ficou definida a redução das passagens fora dos horários de pico. A medida é chamada de “horário social”, valendo das 9h às 11h e das 13h30 às 15h30. Nesses intervalos, a tarifa do Anel A diminui para R$ 3,35 e a do Anel B cai para R$ 4,60, a fim de reduzir aglomerações no transporte público.
Apesar de a reunião ter sido virtual devido à pandemia da Covid-19, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco, Marcelo Bruto e o diretor de Operações do Grande Recife Consórcio de Transporte, André Melibeu, participaram do encontro na sede da secretaria, no Bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife
De acordo com o Secretário, o aumento busca atender a uma demanda do próprio sistema, que tem a tarifa como a principal fonte de financiamento. “Hoje temos entre 700 e 800 mil pessoas, mais ou menos 60% do que era antes da pandemia, mas a gente entende que hoje a cobrança é maior. O limite é o financiamento. Há falta de recursos para fazer mais do que a gente consegue fazer”, disse.
“A gente tem hoje mais de 100 linhas com uma frota maior do que antes da pandemia, mas a gente gostaria de ter um serviço maior. Mas, para isso, a gente precisa pagar diesel, pagar funcionário. Nós estamos indo até o limite que conseguimos. Só se conseguirmos novas formas de financiamento”, afirmou Bruto. O secretário também comentou os percentuais de aumento da tarifa de ônibus na Região Metropolitana do Recife – RMR.
Segundo o Governo do Estado, a partir da revisão tarifária, é possível aumentar a frota em mais 150 ônibus. Cem veículos foram postos em circulação desde o fim de janeiro e outros 50 deverão chegar na segunda-feira (8). Com isso, vai ser possível chegar a 77% de operação dos veículos no Grande Recife. Desde o início da pandemia, esse percentual foi diminuído, o que foi alvo de reclamações constantes dos passageiros, devido à lotação dos coletivos e do risco de contágio pela Covid-19.