Polícia Federal em Pernambuco cumpriu na manhã desta sexta-feira (20), três mandados de busca e apreensão e prendeu o advogado Alberto Magalhães Torreão Filho, que retirou o valor de R$ 4 milhões utilizando uma procuração pública, feita com base em um documento de identidade falsificado. Os mandados foram executados simultaneamente, nos municípios do Recife e Moreno.
Na operação foram empregados aproximada 12 policiais federais em três equipes. De acordo com o delegado responsável pela operação, Dário Márcio Sá, essa é a segunda fase da Operação Quatro Milhões, onde a polícia conseguiu realizar a prisão do advogado envolvido no esquema. “Essa operação foi iniciada através da investigação do saque fraudulento no valor de 4 milhões de reais”.
“Agora estamos na segunda fase e nós cumprimos mais três mandados de Busca e Apreensão e também um mandado de prisão contra o advogado que levantou esse valor dos precatórios”, afirmou o Delegado. As investigações em andamento são da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários – Delefaz e tiveram inicio em outubro.
Na ocasião, a Caixa Econômica Federal descobriu o golpe levado a efeito por um advogado que apresentou uma Procuração Pública lavrada no Cartório da Cidade de Moreno, com base em um documento de identidade falsificado, e conseguiu levantar o precatório de R$ 4 milhões, na Agência da Caixa, localizada no TRF da 5ª Região, no Bairro do Recife.
A verdadeira beneficiária do processo, apresentou-se à Agência para receber o referido precatório e descobriu que já havia sido sacado.
A investigação busca identificar todos os membros da organização criminosa, além de outros precatórios porventura sacados de forma fraudulenta, bem como o destino dos valores desviados.
Na primeira fase foram apreendidas novas procurações fraudulentas que possibilitariam levantar precatórios que somam R.773.226,59.
Os integrantes da Orcrim são investigados pela prática dos crimes de estelionato qualificado, associação criminosa, lavagem de dinheiro e de constituir/integrar organização criminosa.
As penas, que, se somadas, em caso de condenação, podem chegar a 30 anos de reclusão. O nome da operação faz referência à quantia sacada de forma fraudulenta no valor de 4 milhões de reais. Após ser ouvido na Polícia Federal, o advogado será encaminhado para o COTEL onde ficará à disposição da Justiça Federal.





